‘Playboy da Amarok’ envolvido em racha que matou duas pessoas em Manaus é solto pela Justiça; veja vídeo

Por Gomes em 20 de dezembro de 2025 às 11:04

Manaus – O Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) concedeu, por meio da sua Câmara Criminal, o alvará de soltura para Luis Gustavo Silva Lima, de 23 anos. Conhecido como o “Playboy da Amarok”, ele é um dos principais réus no caso do racha que resultou na morte de duas pessoas e deixou outras quatro feridas na Avenida do Turismo, em 16 novembro de 2025.

A decisão de revogação da prisão preventiva (Alvará nº 0624207-18.2025.8.04.9001.05.0001-17) permite que o acusado responda ao processo em liberdade, contrariando o pedido do Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM), que defendia a manutenção da prisão para garantia da ordem pública.

O Crime: Velocidade e Tragédia

O trágico acidente ocorreu na noite de 16 de novembro. Segundo a denúncia do MPAM, Luis Gustavo (conduzindo uma VW Amarok) e Renan Maciel da Silva (em um VW Polo) disputavam uma corrida clandestina a mais de 120 km/h em um trecho onde o limite é de apenas 60 km/h.

A colisão violenta destruiu um Fiat Siena que trafegava regularmente pela via. O impacto causou a morte imediata de Odorico Manoel Freitas D’Ávila Filho, motorista do Siena. Na sequência, o Polo capotou, resultando na morte da jovem Yasmin Ferreira de Oliveira, que foi arremessada para fora do veículo.

Novas Imagens: O Terceiro Carro

Embora a investigação inicial focasse apenas na Amarok e no Polo, novas imagens de segurança revelaram a participação de um terceiro veículo, um modelo UP de Cor Vermelha. O vídeo mostra os três carros avançando lado a lado em “velocidade de foguete”. Até o momento, o motorista deste terceiro veículo não havia sido identificado nos depoimentos iniciais dos réus.

A Acusação do Ministério Público

O MPAM denunciou os envolvidos por:

• Homicídio qualificado com dolo eventual (duas vezes);
• Tentativa de homicídio (quatro vezes);
• Motivo torpe (exibicionismo e busca de satisfação pessoal em disputa ilegal).

A Promotoria destacou que Renan Maciel estava com a CNH vencida e sob efeito de álcool. Já Luis Gustavo, apesar de testar negativo para alcoolemia, também operava o veículo com a habilitação vencida. O MP sustenta que o comportamento dos jovens ignorou completamente a segurança coletiva, transformando a avenida em uma pista de corrida mortal.

Próximos Passos Judiciais

Apesar da soltura de Luis Gustavo, o processo segue em tramitação na 2ª Vara do Tribunal do Júri de Manaus. O caso agora entra na fase de instrução, onde testemunhas serão ouvidas. Caso o juiz decida pela pronúncia, os réus serão levados a julgamento popular.

O Ministério Público já solicitou uma indenização mínima de R$ 50 mil para cada vítima, a ser paga individualmente pelos réus. A defesa dos acusados continua sustentando que não houve intenção de matar.

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