Padrasto estupra enteada deficiente e diz que “fez pouco” e que a criança “merecia muito mais”, em Manaus
Manaus – Uma criança de 5 anos, que nasceu prematura, é autista, tem paralisia cerebral e epilepsia, foi estuprada pelo padrasto, no último sábado (7), em uma casa no bairro São José, zona Leste da capital.
A mãe da criança informou que o caso ocorreu após uma briga do casal na sexta-feira, onde ela expulsou o homem de casa e ele voltou lá no outro dia para cometer o crime.
“Eu deixei a minha filha deitada no quarto e eu fui amamentar meu outro filho de quatro meses na sala, em uma rede. Neste momento, nós dormimos. Tem uma janela da casa que só tem uma cortina e eu acredito que ele deve ter entrado por lá. Eu ouvi a minha filha gritar e fui ver o que havia acontecido e ele estava lá”, disse a mãe da criança.
Em seguida, a mulher pegou a filha no colo e a fez dormir. A criança chorava muito, de acordo com a mãe. “Perguntei o que ele tinha feito, mas ele só respondeu ‘nada'”, relatou.
A mãe descobriu o que tinha acontecido após notar um sangramento nos órgãos genitais da filha, no sábado (7). “Fui dar banho nela e, ao tirar a fralda, vi que estava cheia de sangue. Ela sentia muitas dores nas ‘partes’. Ela não deixava eu ver. Quando consegui, estava inchado e cheio de sangue”, lamentou a estudante.
Ela disse que perguntou novamente ao padrasto da criança o que ele havia feito. Primeiro, o suspeito negou o crime, mas depois disse que fez pouco e a que a menina “merecia muito mais”, segundo contou a mãe à reportagem.
Agressão
A estudante contou que, após a declaração do companheiro, tentou atingi-lo com uma faca e o feriu na perna. Durante a briga, a mãe do homem foi até a residência do casal para buscar o outro filho deles, de 4 meses. A jovem disse ainda que o criminoso a agrediu e acertou um soco na cabeça do filho menor.
“Eu corri. Tentei jogar um tijolo nele, mas não pegou. Chamei a polícia, mas quando chegaram ele já tinha fugido. Os policiais disseram para eu ir para um Pronto-Socorro levar minha filha. Fui para o Joãozinho e me encaminharam para a Moura Tapajós”, contou.
No hospital, o Conselho Tutelar foi acionado para verificar a situação. De acordo com o conselheiro tutelar plantonista da Zona Leste I, Junior Resgate, o caso foi descoberto pelo Conselho na manhã deste domingo (8). Ele foi ao hospital onde a mãe e criança estavam nesta tarde.
“Eu quero que a justiça seja feita. Eu não quero que isso passe impune. Quero que ele seja preso, porque o que fez não tem perdão. Estávamos juntos há dois anos e dois meses e jamais ia imaginar que ele faria uma coisa dessas com a minha filha. Ele viu essa criança crescer. A criança tem deficiência, não sabe falar, precisa de cuidados especiais”, lamentou a mãe.
O conselheiro contou que acompanhou a mãe da criança até a Delegacia Especializada em Proteção a Criança e ao Adolescente (Depca) para que ela registrasse a denúncia sobre o caso. Até o fim da tarde deste domingo (8), o criminoso ainda não havia sido localizado.
Com informações do G1
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