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Operação Hagnos: Um legado de proteção às meninas do Amazonas contra a exploração sexual

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Operação Hagnos: Um legado de proteção às meninas do Amazonas contra a exploração sexual

Amazonas – No coração da Amazônia, uma força silenciosa mas implacável tem trabalhado para resgatar meninas e adolescentes das garras da exploração sexual, deixando um legado de esperança e justiça.

A Operação Hagnos, deflagrada entre 1º e 30 de novembro de 2024 pelas Forças de Segurança do Amazonas, resultou na prisão ou apreensão de 92 suspeitos e no atendimento a mais de 1,5 mil vítimas, incluindo 20 crianças e adolescentes resgatadas diretamente de situações de abuso. Sob a liderança da delegada Juliana Tuma, da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA), a operação marcou um ponto de virada no combate a esse crime que, historicamente, assombra as meninas da região.

Um marco no combate à exploração infantil

A Hagnos não foi apenas uma ação pontual, mas um símbolo de resistência contra a vulnerabilidade que atinge, sobretudo, as meninas do Amazonas. Dos 710 Boletins de Ocorrência registrados durante os 29 dias da operação, muitos relatavam casos de exploração sexual, um crime que, segundo especialistas, afeta desproporcionalmente mulheres e meninas – 96% das vítimas em processos judiciais analisados nos últimos dez anos no Brasil, conforme dados da ONU. No Amazonas, a combinação de pobreza, isolamento geográfico e falta de políticas públicas amplifica essa realidade, tornando meninas alvos fáceis para redes de aliciamento.

A operação, coordenada pela Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), integrou esforços da Polícia Civil, Polícia Militar e órgãos da Rede de Proteção à Infância. Além das 92 prisões – 47 na capital e 45 no interior –, foram concluídos 180 inquéritos policiais e registrados 42 Termos Circunstanciados de Ocorrência (TCOs). Entre os casos destacados, estão as prisões de um professor de jiu-jitsu, investigado na Operação Armlock, e de um professor de inglês que abusava de suas alunas, evidenciando a capilaridade do problema.

O brilho de Juliana Tuma

No comando da DEPCA, a delegada Juliana Tuma emergiu como uma figura central nesse esforço. Sua determinação e visão estratégica foram fundamentais para os resultados expressivos da Hagnos. “Tivemos responsabilizações de todos os tipos, desde inquéritos encaminhados até prisões em flagrante e cumprimento de sentenças condenatórias”, declarou Tuma em entrevista à CNN Brasil. Sob sua liderança, a operação não se limitou à repressão: ações educativas e preventivas, como palestras e fiscalizações em motéis, pousadas e semáforos de Manaus, alcançaram 1.502 vítimas, oferecendo acolhimento e conscientização.

Tuma, que há anos atua na proteção de crianças e adolescentes, trouxe à Hagnos uma abordagem humanizada e incisiva. Sua capacidade de articular inteligência policial com políticas de prevenção foi elogiada por colegas e autoridades. “O trabalho da delegada Juliana é um exemplo de como a dedicação pode transformar números em vidas salvas. Ela é um farol para as meninas do Amazonas”, afirmou um integrante da SSP-AM que participou da operação.

Um legado para o futuro

A Operação Hagnos deixou marcas profundas. No interior, onde 45 suspeitos foram detidos, a presença do Departamento de Polícia do Interior (DPI), sob o comando do delegado Paulo Mavignier, reforçou a mensagem de que o crime não ficará impune, mesmo em áreas remotas. Em Manaus, as blitze da Central Integrada de Fiscalização (CIF) desmantelaram pontos de exploração, enquanto as ações educativas plantaram sementes de mudança em comunidades vulneráveis.

Para as meninas do Amazonas, a Hagnos representa mais do que estatísticas: é um grito de resistência contra a violência que as silencia. O legado da operação, impulsionado pela liderança de Juliana Tuma, é um convite à sociedade para não fechar os olhos. Como a própria delegada enfatizou, “os números são expressivos, mas o trabalho não para”. Em um estado onde a exploração sexual infantil ainda é uma ferida aberta, a Hagnos prova que a união entre força policial e compromisso humano pode, sim, construir um futuro mais seguro para as meninas da Amazônia.


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