Megaoperação contra o tráfico no RJ termina com 20 mortos e 56 presos; veja vídeo
Brasil – Uma megaoperação policial contra o Comando Vermelho (CV) deixou 20 mortos e 56 presos na manhã desta terça-feira (28) nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro. A ação, que ainda estava em andamento até a última atualização, mobilizou 2.500 agentes das forças de segurança do estado e é parte da Operação Contenção, criada para frear o avanço da facção em territórios fluminenses.
Vídeos feitos por moradores mostram um verdadeiro cenário de guerra, com quase 200 tiros disparados em apenas um minuto, além de barricadas em chamas e colunas de fumaça. O clima de tensão tomou conta das comunidades, onde escolas e postos de saúde não abriram as portas por questões de segurança.
Entre os mortos estão 18 suspeitos e dois policiais civis:
Marcus Vinícius Cardoso de Carvalho, 51 anos, conhecido como Máskara, recém-promovido a chefe de investigação da 53ª DP (Mesquita);
Rodrigo Velloso Cabral, 34 anos, da 39ª DP (Pavuna).
Além das mortes, nove agentes foram baleados, e ao menos três civis ficaram feridos, incluindo um homem em situação de rua atingido por uma bala perdida nas costas, uma mulher ferida em uma academia e outro homem em um ferro-velho.
A polícia informou que traficantes reagiram com tiros e uso de drones que lançaram explosivos. Parte dos criminosos fugiu em fila indiana pela parte alta do morro, em uma cena que lembrou a fuga de 2010, durante a ocupação do Alemão.
Entre os presos, está Thiago do Nascimento Mendes, o Belão do Quitungo, apontado como um dos líderes do CV na região, e Nicolas Fernandes Soares, suposto operador financeiro de Edgar Alves de Andrade, conhecido como Doca ou Urso.
Durante a operação, as forças de segurança apreenderam 31 fuzis, 2 pistolas e 9 motos. Segundo a Polícia Civil, pelo menos 30 dos procurados são oriundos do Pará, o que reforça a expansão interestadual da facção.
O secretário de Segurança Pública do Rio, Victor Santos, afirmou que toda a operação foi planejada com antecedência e sem apoio do governo federal.
“São aproximadamente 9 milhões de metros quadrados de desordem no Rio de Janeiro. Lamentamos profundamente as pessoas feridas, mas essa é uma ação necessária, planejada, com inteligência, e que vai continuar”, declarou.
Mais de 280 mil moradores foram diretamente afetados pela operação, que continua mobilizando o policiamento em diferentes pontos da capital fluminense.



