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Justiça nega pedido de liberdade para técnica que aplicou adrenalina em Benício em Manaus

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Justiça nega pedido de liberdade para técnica que aplicou adrenalina em Benício em Manaus

Manaus – A Justiça negou, nesta segunda-feira (8), o pedido de habeas corpus apresentado pela defesa da técnica de enfermagem Raiza Bentes Praia, investigada pela morte do menino Benício Xavier, de 6 anos, no Hospital Santa Júlia. A decisão mantém aberta a possibilidade de que ela tenha a prisão preventiva decretada e seja alvo de buscas e apreensões durante o andamento das investigações.

A defesa pedia liberdade provisória e argumentava que não havia motivos para medidas mais rígidas. O Tribunal, porém, entendeu que a gravidade do caso e a necessidade de garantir o avanço das apurações justificam a negativa.

Decisão difere do caso da médica envolvida na prescrição

Na semana passada, um pedido semelhante havia sido feito por advogados da médica Juliana Brasil, responsável por prescrever a dose de adrenalina intravenosa que, segundo a investigação, teria causado a morte da criança. No caso da médica, a Justiça decidiu a favor da concessão do habeas corpus.

Para o desembargador Abraham Peixoto, relator do caso de Raiza, as situações das duas profissionais não podem ser comparadas. Segundo ele, a técnica de enfermagem teve envolvimento direto na administração da medicação e cometeu erros gravíssimos, como aplicar a dose mesmo percebendo que o medicamento deveria ser administrado por via intramuscular, conforme registrado na prescrição.

Erros ignorados e alertas desconsiderados

A decisão aponta que Raiza não realizou a verificação dupla e tripla, procedimento obrigatório antes da administração de medicamentos, e seguiu com a aplicação mesmo após ser alertada por outra profissional sobre o erro na prescrição. A mãe de Benício também teria questionado a técnica pouco antes da aplicação, mas o alerta foi ignorado.

Diante desse conjunto de fatores, o magistrado considerou que a conduta de Raiza eleva o risco de interferência nas investigações e justifica a manutenção de medidas cautelares mais rígidas.

Técnica segue impedida de atuar

Raiza responde por homicídio qualificado e, conforme a decisão, poderá ter mandados de prisão e busca e apreensão expedidos a qualquer momento, caso o Tribunal entenda necessário.

O Conselho Regional de Enfermagem do Amazonas (Coren-AM) já suspendeu o registro profissional da técnica, que está impedida de exercer a função enquanto o caso segue em investigação.

A morte de Benício chocou a capital e reacendeu discussões sobre protocolos de segurança e responsabilidade profissional dentro das unidades de saúde privadas de Manaus.



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