Justiça autoriza transferência de líderes do CV para presídios federais após megaoperação no Rio; veja lista
Brasil – A Justiça do Rio de Janeiro autorizou, nesta segunda-feira (4), a transferência de sete líderes da facção Comando Vermelho (CV) para presídios federais de segurança máxima.
A decisão atende a um pedido do governo fluminense, feito após a Operação Contenção — ação policial que deixou 121 mortos nas comunidades da Penha e do Alemão, na capital.
Entre os transferidos estão nomes apontados como chefes do tráfico nas principais favelas do Rio: Arnaldo da Silva Dias, o “Naldinho”, condenado a 81 anos; Carlos Vinícius Lírio da Silva, o “Cabeça do Sabão”, com pena de 60 anos; Eliezer Miranda Joaquim, o “Criam”, com 100 anos de condenação; Fabrício de Melo Jesus, o “Bicinho”, com 65 anos; Marco Antônio Pereira Firmino da Silva, o “My Thor”, condenado a 35 anos; Alexander de Jesus Carlos, o “Choque”, com 34 anos; e Roberto de Souza Brito, o “Irmão Metralha”, condenado a 50 anos.
A Vara de Execuções Penais do Rio também solicitou informações sobre outros dois integrantes da facção: Wagner Teixeira Carlos e Leonardo Farinazzo Pampuri, o “Léo Barrão”.
Além deles, o caso de Riam Maurício Tavares Mota, cabo da Marinha acusado de operar drones para o grupo criminoso, ainda será analisado pela Justiça.
Segundo a decisão, o objetivo da transferência é interromper a comunicação dos líderes com a organização criminosa e reforçar o isolamento dos detentos, evitando que eles continuem comandando ações criminosas de dentro das cadeias estaduais.
Os sete presos seguem em unidades estaduais até a efetivação da transferência, cujos destinos e datas não foram divulgados por questões de segurança.
A medida ocorre em meio à intensificação das ações contra o crime organizado no Rio, após uma das operações mais letais da história do estado. Com a transferência, o governo fluminense espera enfraquecer a atuação da cúpula do Comando Vermelho e conter a influência das facções dentro dos presídios.
