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Guerra no RJ: massacre na Penha e no Alemão já ultrapassa 100 mortos; veja vídeo

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Guerra no RJ: massacre na Penha e no Alemão já ultrapassa 100 mortos; veja vídeo

Brasil – Um dia após a operação mais letal da história do Rio de Janeiro, o cenário nas comunidades da Penha e do Alemão é de horror. Mais de 60 corpos foram levados entre a noite de terça (28) e a manhã desta quarta-feira (29) para a Praça São Lucas, no Complexo da Penha, segundo levantamento do UOL. O número total de mortos já ultrapassa 100, somando as vítimas da operação e as que começaram a ser encontradas desde a madrugada.

Repórteres contaram ao menos 65 corpos deixados na praça, a maioria retirada por moradores em mutirões improvisados. Pelo menos 25 estavam em uma área de mata, no alto da Serra da Misericórdia. Familiares acompanharam, em desespero, a remoção dos mortos. “Eles estão com marcas de tiros na nuca e facadas”, relatou uma testemunha ao portal.

As vítimas não constam na contagem oficial do governo fluminense, que até a noite de ontem confirmava 64 mortos na chamada Operação Contenção. O comandante da Polícia Militar do Rio confirmou à TV Globo que os novos corpos ainda não foram incluídos nas estatísticas e disse que não há confirmação, até o momento, de que todas as mortes tenham relação direta com a ação policial.

Durante a madrugada, outros seis corpos foram deixados por um carro em frente ao Hospital Getúlio Vargas, que também recebeu feridos da operação — o estado de saúde deles ainda não foi informado. A retirada das vítimas foi feita por rabecões da Defesa Civil, sem a presença de policiais no local, segundo o UOL.

O Instituto Médico-Legal (IML) do Rio foi fechado nesta quarta-feira para receber exclusivamente os corpos da operação. Todos os demais casos de necropsia foram transferidos para o IML de Niterói. Familiares começaram a chegar ao local para a identificação das vítimas, acompanhados pela Defensoria Pública e por integrantes da Rede de Atenção a Pessoas Afetadas pela Violência de Estado (Raave).

A Zona Norte do Rio amanheceu em clima de tensão: ruas quase desertas, pontos de ônibus vazios e carros queimados atrás de barricadas ainda bloqueando acessos à Vila Cruzeiro. Viaturas foram vistas em 12 pontos diferentes ao longo de 13 quilômetros percorridos pela região.

A megaoperação que resultou nas mortes envolveu 2.500 agentes das polícias Civil e Militar e contou com apoio do Ministério Público. O objetivo era cumprir 100 mandados de prisão contra integrantes do Comando Vermelho (CV), muitos deles de fora do estado. Segundo a polícia, entre os 81 presos estão lideranças da facção, incluindo Thiago do Nascimento Mendes, o “Belão do Quitungo”, braço direito de um dos chefes do CV conhecido como Doca.

Foram apreendidos 75 fuzis, rádios comunicadores e mais de 200 kg de drogas. Ainda segundo o governo, quatro policiais estão entre os mortos e nove agentes ficaram feridos. Três civis também foram atingidos por balas perdidas, incluindo uma mulher em uma academia e um homem em situação de rua.

Com o novo balanço, o número de mortos na Operação Contenção já supera o da incursão no Jacarezinho, em 2021, que deixou 28 mortos e até então era considerada a ação mais letal da história do Rio.

 



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