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‘Faltava eu estar morta?’: empresária vítima de estupro questiona soltura de lutador de MMA condenado pelo crime; veja vídeo

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Brasil – “O que mais faltava? Eu estar morta?”, indagou a empresária Renata Coan Cudh durante entrevista nesta quarta-feira (11), sobre a decisão da Justiça do Ceará de soltar Edilson Florêncio da Conceição. O lutador e motorista de aplicativo condenado por estupro contra a passageira, mas a juíza que o condenou permitiu que ele respondesse em liberdade, e ele está solto.

Renata repercutiu o relaxamento da prisão do estuprador – solto na última segunda (9) – pediu mais severidade no caso e comentou como a saída do criminoso afeta ela e outras mulheres. Edilson estava preso há quatro meses após ser flagrado enquanto atacava a vítima em um matagal perto de um evento de onde a passageira tinha saído, em Fortaleza.

“O que mais faltava? Eu estar morta? Isso que ia valer a lei? Isso que ia valer o julgamento? O que me dói muito, além de eu estar passando por tudo isso, (é que) 99% das mulheres não denunciam por causa disso, entendeu? Não denunciam porque não tem força. A Justiça não está do nosso lado”, lamentou a mulher.

Conhecido como “Edilson Moicano”, o homem de 48 anos também é lutador de Artes Marciais Mistas (MMA) e estava preso desde 19 de janeiro. Ele foi condenado a 8 anos e dois meses de prisão por estupro de vulnerável, pois a vítima estava alcoolizada.

Ao saber da decisão pela soltura do agressor, a empresária Renata Coan Cudh publicou um vídeo questionando a medida.

Após a repercussão, a empresária disse que aguarda a prisão do criminoso e pede mudanças na lei para que casos como o dela não sejam esquecidos e recebam a devida punição.

“É inconcebível tudo que está acontecendo. Tem que mudar a lei. Eu preciso, e as mulheres precisam que a lei mude. Urgente”.A vítima relatou que teve várias crises de ansiedade antes se manifestar publicamente sobre o caso. Após a notícia de que o criminoso seria solto, ela publicou um vídeo nas redes sociais pedindo justiça.

Veja:

O medo é um sentimento que virou rotina na vida da empresária, que chegou a sair do trabalho e da casa onde mora para ficar afastada de Fortaleza por um período.

“Eu saí daqui para ficar em Curitiba, longe de tudo isso, porque me senti extremamente insegura de sair no portão da casa (…) Hoje eu me sinto segura em sair e fazer as minhas coisas, mas entendo que outras mulheres não estão seguras. Uma pessoa dessa estar solta na sociedade é uma…. Me faltam palavras. Vai acontecer com outra mulher”, relatou durante entrevista.

O Ministério Público do Ceará (MPCE) pediu à Justiça do Ceará que aumente a pena do motorista de aplicativo. O órgão também pede que seja cassado o direito dele de recorrer da sentença em liberdade e que a pena seja cumprida em regime fechado.





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