Ex-presidiário morre após levar tiro durante abordagem policial, no Novo Aleixo
Manaus – Na noite desta quinta-feira (24), o ex-presidiário Timótio Monteiro Ramos, 33, morreu após ser baleado com um tiro, durante uma abordagem policial, no bairro Novo Aleixo, zona Norte de Manaus.
A Polícia conta que Timótio estava armado e tentou reagir. A família dele, no entanto, diz que ele era confeiteiro e nega que ele estivesse com uma arma durante a abordagem.
A abordagem foi feita após denúncias anônimas informarem que o homem estava usando drogas e portando uma arma.
A investigadora autora do tiro relata que o homem estava em via pública e a equipe de investigação foi abordá-lo. A investigadora teria percebido movimento do homem ao tentar pegar uma arma de fogo na cintura. A policial civil atirou e a bala atingiu na lateral esquerda do tórax, próximo das costas. Depois de ferido, a investigadora teria encontrado um revólver com Timótio Monteiro.
O homem foi socorrido e levado pela própria investigadora em um carro descaraterizado para o Hospital Pronto-Socorro (HPS) Platão Araújo.
O homem chegou consciente ao hospital e foi submetido a um procedimento cirúrgico, mas morreu às 21h40. Ele perdeu muito sangue e teve anemia hemorrágica aguda.
Uma testemunha, que estava próximo do local disse que o ex-presidiário tentou correr. “Ele estava sentado na calçada e ela [policial] veio da esquina andando com arma na mão. Ele foi chamado por uma irmã e saiu andando. A policial mandou ele parar e ele correu. Foi quando ela atirou, mas ele não estava armado”, afirmou uma testemunha de 30 anos, que prefere não ser identificada.
Os familiares de Monteiro pretendem denunciar o caso para Corregedoria da Polícia Civil do Amazonas. “Achamos que plantaram a droga e a arma. Vamos denunciar para Corregedoria”, disse o irmão de Timótio, o autônomo Lomar Monteiro, de 43 anos.
De acordo com família, Monteiro passou nove meses em um presídio e estava em liberdade há seis meses.
O ex-presidiário respondia criminalmente em três processos pelos crimes de tráfico de drogas e associação ao tráfico. O homem ainda tinha passagem na polícia pelo crime de porte ilegal de arma de fogo.
O caso será investigado pela Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS).
“Foram realizados dois procedimentos, o primeiro, flagrante por porte de arma de fogo de uso permitido em nome de Timóteo. O outro em razão da morte por intervenção policial. A arma utilizada pela investigadora e a do infrator foram recolhidas e encaminhadas para a perícia”, diz trecho de nota enviada ao G1.



