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Ex-diretor jurídico do Corinthians é indiciado no escândalo com a Vai de Bet

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Ex-diretor jurídico do Corinthians é indiciado no escândalo com a Vai de Bet

Mundo – A Polícia Civil de São Paulo indiciou nesta segunda-feira (23.jun.2025) Yun Ki Lee, ex-diretor jurídico do Corinthians, por omissão imprópria no escândalo que ficou conhecido como caso VaideBet — um dos maiores escândalos financeiros da história recente do clube.

Lee, que chefiou o departamento jurídico entre janeiro e maio de 2024, foi acusado de não agir diante de inconsistências no contrato de patrocínio com a intermediária Rede Social Media Design, de propriedade de Alex Cassundé. Segundo a investigação, Lee teve acesso a informações que apontavam “inconsistências no cadastro” da empresa e, mesmo assim, não tomou nenhuma providência legal ou administrativa para barrar o negócio.

Com o novo indiciamento, sobe para cinco o número de acusados formais no caso, que já envolvia o presidente afastado Augusto Melo, o ex-diretor administrativo Marcelo Mariano, o ex-superintendente de marketing Sérgio Moura e o próprio Cassundé. Os quatro primeiros foram enquadrados por furto qualificado por abuso de confiança, associação criminosa e lavagem de dinheiro.

Esquema milionário e campanha financiada

As investigações conduzidas pela Delegacia de Crimes Financeiros do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC) revelaram um suposto esquema de desvio de recursos do patrocínio da VaideBet, com repasses indevidos a empresas de fachada e a contas ligadas ao entorno político de Augusto Melo.

A Polícia identificou ainda que os verdadeiros articuladores do negócio foram Antônio Pereira dos Santos, Sandro dos Santos Ribeiro e Washington de Araújo Silva. Os dois primeiros deram entrevista ao programa Fantástico, da TV Globo, no último dia 15 de junho, revelando bastidores do contrato e detalhando as conexões entre os envolvidos.

Um dos pontos mais graves apontados no relatório é que parte do dinheiro desviado foi direcionada à empresa UJ Football Talent, com “indícios claros de que esse destino não foi ocasional nem um simples ponto de contato episódico, mas sim relacionado ao financiamento (ainda que parcial) da campanha de Augusto Melo à presidência do clube”.

Ministério Público pode transformar indiciados em réus

O inquérito, que ouviu mais de 20 depoimentos desde 2024, foi finalizado pelo delegado Thiago Fernando Correia, com acompanhamento do promotor Juliano Atoji. O Ministério Público de São Paulo (MPSP) agora decidirá se apresentará denúncia formal à Justiça. Caso aceite, os cinco indiciados se tornarão réus em ação penal, podendo responder por crimes que envolvem fraude, corrupção e desvio de recursos em ambiente esportivo.

O Corinthians, que vive profunda crise institucional, ainda não se manifestou sobre o novo indiciamento. Nos bastidores, cresce a pressão por novas eleições internas e uma auditoria externa completa nos contratos firmados entre 2023 e 2024.


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