Estudante fica ferida após entrar em pânico e pular do 1º andar durante tiroteio na UEPB; vídeo
Brasil – O pânico tomou conta da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), em Campina Grande, na noite desta quarta-feira (2), quando um tiroteio na Central de Aulas transformou um dia comum em tragédia. Uma estudante de 22 anos, desesperada para escapar dos disparos, pulou do primeiro andar do prédio e ficou ferida. O ataque deixou um saldo devastador: duas pessoas baleadas e a morte de Keine Diniz dos Santos, o “Keininho”, dono de uma copiadora no campus. O caso expõe a vulnerabilidade de um espaço que deveria ser seguro para a comunidade acadêmica.
A jovem estudante estava no primeiro andar da Central de Aulas quando os tiros começaram. Com medo de ser atingida, ela tomou uma decisão drástica: saltou da sacada para fugir do perigo. A queda a deixou ferida, mas consciente. Socorrida pelo SAMU, ela foi levada ao Hospital de Emergência e Trauma, onde está internada na ala ortopédica. Segundo a equipe médica, seu estado de saúde é regular, e ela permanece orientada, sob cuidados para tratar os ferimentos causados pelo impacto.
O tiroteio que desencadeou o pânico vitimou Keininho, de 40 anos, proprietário da copiadora no terceiro andar do prédio. Há mais de 20 anos atendendo estudantes e professores, o morador do bairro José Pinheiro foi atingido por vários disparos e morreu no local. Sua copiadora, um ponto de referência na UEPB, virou o epicentro de um crime que ainda está sendo investigado.
Wesley Porto, que estava no mesmo andar de Keininho durante o ataque, também foi baleado. Ele foi socorrido pelo SAMU e levado ao Hospital de Trauma, onde permanece internado em estado regular. A presença de Wesley no momento do tiroteio levanta perguntas sobre o alvo do atirador, mas a polícia ainda não esclareceu se ele era um cliente da copiadora ou apenas alguém no lugar errado na hora errada.
O ataque na Central de Aulas, coração do Campus I da UEPB, deixou marcas profundas. A estudante que pulou do primeiro andar é um símbolo do desespero que tomou conta do prédio enquanto os disparos ecoavam. “Foi um caos, ninguém sabia o que fazer”, relatou uma testemunha anônima nas redes sociais. O som dos tiros e o grito dos alunos que corriam para se proteger transformaram a universidade em um cenário de medo.