Empresa Tomiasi, responsável pelo guindaste que matou trabalhador no Largo São Sebastião, é investigada pela polícia
Manaus – A tragédia no Largo de São Sebastião ocorrida na manhã deste domingo (23), que resultou na morte do soldador Antônio Paulo Rodrigues de Souza e deixou ferido Henes Libório Ramos, expôs falhas graves nas condições de segurança em operações de grande porte. O guindaste responsável pelo acidente, que colapsou durante a movimentação de carga, pertence à Tomiasi Logística Pesada, do Grupo Chibatão, contratada pelo Governo do Amazonas.
A empresa já havia se envolvido em outro incidente com o mesmo equipamento: o incêndio que destruiu a Árvore de Natal, também no Largo, em 2024.
A Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) deve investigar ambos os casos.
Com sede em Manaus e registrada sob o CNPJ 84.488.550/0001-91, a Tomiasi Logística Pesada tem como sócios Jean Bergson Lacet de Oliveira e José Ferreira de Oliveira.
Em sua Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE), a empresa tem como atividade principal o transporte rodoviário de carga, exceto produtos perigosos e mudanças, intermunicipal, interestadual e internacional.
O fato de a mesma empresa ter causado dois incidentes graves em um curto período aponta para possíveis falhas na manutenção e na verificação das condições de operação do equipamento.
O delegado Fábio Silva, responsável pelas investigações, afirmou que o inquérito irá apurar se a empresa possuía as licenças necessárias para operar o guindaste e se houve falhas nas vistorias do equipamento.
“Tivemos uma vítima que veio a óbito e temos outras três feridas lá no 28 de Agosto. Ocorreu um homicídio culposo, e precisa ser apurado quem é o responsável por isso. Agora há um trabalho de perícia para entender o que realmente aconteceu, já há um plano de segurança em andamento”, explicou o delegado.
A Tomiasi agora enfrenta investigação que pode resultar em punições severas, caso seja provada a responsabilidade da empresa nas tragédias.
