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CPMI do INSS ouve Carlos Lupi em meio a crise política e denúncias de fraudes bilionárias; veja vídeo

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CPMI do INSS ouve Carlos Lupi em meio a crise política e denúncias de fraudes bilionárias; veja vídeo

Brasil – A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS realiza nesta segunda-feira (8/9), às 16h, a oitiva do ex-ministro da Previdência Social Carlos Lupi, que deixou o cargo em maio deste ano após forte pressão política. O depoimento ocorre em meio ao desgaste do governo federal com o escândalo que revelou fraudes bilionárias em descontos aplicados a aposentados e pensionistas.

Lupi pediu demissão no dia 2 de maio, menos de duas semanas depois da deflagração da Operação Sem Desconto, da Polícia Federal, que apura cobranças indevidas em benefícios previdenciários. O esquema envolvia associações de aposentados que registraram milhares de filiações fraudulentas, descontando mensalidades diretamente da folha de pagamento dos segurados. Segundo a investigação, só em 2023, essas irregularidades movimentaram cerca de R$ 2 bilhões.

O escândalo também provocou a queda do então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, que havia sido indicado por Lupi. Antes dele, outro nome escolhido pelo ex-ministro, Glauco Wamburg, também deixou o cargo após denúncias de irregularidades.

Pressão política sobre o governo

Embora não tenha sido citado diretamente nas investigações, Lupi foi criticado pela postura diante das denúncias e de alertas emitidos pela Controladoria-Geral da União (CGU). Para aliados do governo, a demora do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em substituí-lo ampliou o desgaste político. A saída só ocorreu a pedido do próprio ministro.

O requerimento para a oitiva de Lupi foi apresentado pelo relator da CPMI, deputado Alfredo Gaspar (União Brasil-AL), que considera o ex-ministro peça central para esclarecer que medidas foram — ou não — adotadas diante do caso.

Na última sessão da comissão, o deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO) elevou o tom das críticas e acusou o ex-ministro de prevaricação:

“O ministro Lupi disse numa comissão que sabia dos roubos contra os aposentados. Ele prevaricou. Vai vir aqui e vai levar um cacete”, afirmou o parlamentar.

Histórico de crises

Esta é a segunda vez que Carlos Lupi deixa um ministério sob suspeita. Em 2011, no governo Dilma Rousseff (PT), renunciou ao comando do Ministério do Trabalho após denúncias de uso indevido de verbas públicas. Mais de uma década depois, retornou ao primeiro escalão com Lula, mas sua gestão à frente da Previdência acabou novamente marcada por denúncias e instabilidade.

A expectativa é de que o depoimento desta segunda-feira seja um dos mais tensos da CPMI, podendo abrir novas frentes de investigação sobre a atuação do governo federal diante das fraudes que atingiram milhões de beneficiários do INSS.



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