Ciumenta que matou namorado e amiga atropelados enviou mensagens com ameaças antes do crime; veja vídeo
Brasil – Uma crise de ciúmes terminou em tragédia na madrugada de 28 de dezembro de 2025, na Zona Sul de São Paulo. Geovanna Proque da Silva, 21 anos, estudante de Medicina Veterinária na Faculdade Anhembi Morumbi, perseguiu o namorado Raphael Canuto Costa, também de 21 anos, e uma amiga dele, Joyce Correa da Silva, de 19 anos, com seu Citroën prata. Em alta velocidade, ela colidiu intencionalmente na traseira da motocicleta em que os dois estavam, causando a morte imediata das vítimas na Rua Professor Leitão da Cunha, no bairro Parque Regina, região do Campo Limpo.
Câmeras de segurança registraram o momento exato do impacto, mostrando o carro acelerando diretamente contra a moto. Além das duas mortes, um pedestre foi atingido e ficou ferido, precisando de pontos na cabeça, e outros veículos estacionados foram danificados.
A Sequência dos Fatos: De Mensagens Ameaçadoras à Perseguição
O relacionamento entre Geovanna e Raphael durava cerca de um mês, mas já era marcado por episódios de ciúmes intensos, segundo depoimentos de testemunhas à polícia. Na noite do crime, Raphael organizava um churrasco em casa com amigos de infância para comemorar as férias do trabalho — ele era gerente de uma churrascaria. Geovanna não estava presente, mas começou a questionar a presença de mulheres no local.
Ela enviou mensagens agressivas via WhatsApp para uma conhecida que estava na festa, exigindo que as outras garotas fossem expulsas “por bem ou por mal”. Em uma das trocas, escreveu: “Quebrar ele e tudo que tem aí” e “Não vai ter conversa”. Uma testemunha confirmou que Geovanna ameaçou matar Raphael com uma “faca de picanha” em outra conversa, e o jovem respondeu que os ciúmes estavam “passando do limite”.
Acompanhada da madrasta, Gabrielle Schneid de Pinho — que expressou preocupação devido ao histórico psiquiátrico da enteada —, Geovanna foi até a casa de Raphael. Houve discussão, e ele saiu de moto para evitar confusão. Parou em uma adega e deu carona a Joyce, amiga de longa data. Foi então que Geovanna os perseguiu e cometeu o atropelamento.
Após o crime, ela fugiu, mas passou mal e foi encontrada pela polícia. Minutos depois, foi até o local de trabalho do melhor amigo de Raphael e confessou: “Agora você vai lá e salva seu amigo, que eu acabei de atropelar ele e a vagabunda que estava com ele na moto”. Testemunhas descreveram Geovanna como “muito ciumenta e obsessiva”, relatando que ela já havia ameaçado atropelá-lo anteriormente caso se separassem.
Perfil da Suspeita e Investigação
Geovanna trabalhava como jovem aprendiz e tratava depressão grave, com histórico de ideação suicida, conforme laudos médicos recentes. Amigos e familiares confirmaram que os ciúmes eram infundados, especialmente em relação a Joyce, que era apenas uma amiga de infância de Raphael.
Presenciada em flagrante, ela admitiu ter tomado antidepressivos, mas afirmou ter consciência dos atos. Passou por exames toxicólogos (resultados pendentes) e permaneceu em silêncio no interrogatório. A prisão foi convertida em preventiva, e ela foi transferida para a Penitenciária Feminina de Santana, na Zona Norte de São Paulo.
A Polícia Civil indiciou Geovanna por duplo homicídio doloso qualificado — por motivo fútil (ciúmes) e emboscada (as vítimas na moto não puderam se defender) —, além de lesão corporal na direção veicular. A investigação, conduzida pelo 37º DP (Campo Limpo), concluiu que não se tratou de acidente, mas de ação intencional com dolo direto de matar.
O caso chocou a comunidade local e levanta debates sobre possessividade em relacionamentos e saúde mental. Raphael e Joyce foram enterrados no dia seguinte, deixando familiares e amigos em luto por uma tragédia que, segundo testemunhas, poderia ter sido evitada.




