Caso Débora: defesa pede revisão de decisão de júri popular
Manaus – A defesa de Gil Romero Machado Batista, acusado pelas mortes de Débora da Silva Alves e seu filho ainda não nascido, entrou com um pedido importante nos tribunais esta semana. Seu advogado, Vilson Benayon, está argumentando fortemente pela anulação da decisão de enviar o caso para o Júri Popular.
Benayon contesta principalmente o fato de que a decisão de pronúncia foi feita por um juiz diferente daquele que conduziu a investigação inicial. Enquanto o juiz James Oliveira dos Santos estava à frente da investigação, a decisão de pronúncia foi assinada pelo juiz Fábio Lopes Alfaia, o que levanta dúvidas sobre a continuidade e imparcialidade do processo.
Além disso, o advogado questiona a inclusão de qualificadoras graves na acusação, como crime por motivo torpe e impossibilidade de defesa da vítima. Benayon argumenta que essas qualificadoras foram baseadas em depoimentos de testemunhas que não presenciaram diretamente os fatos, o que compromete o princípio da presunção de inocência ao exigir que Gil prove sua não culpabilidade.
O caso, que chocou a comunidade local, envolve acusações de um crime brutal ocorrido em 30 de julho de 2023, quando Débora da Silva Alves, grávida de oito meses, foi asfixiada e teve seu corpo queimado. Segundo a polícia, o bebê foi retirado de Débora usando uma faca de pão durante o ato criminoso, aumentando ainda mais a gravidade dos acontecimentos.
Enquanto o tribunal analisa os argumentos apresentados pela defesa de Gil Romero Machado Batista, o desfecho deste caso continua incerto, com potencial para impactar profundamente todos os envolvidos neste trágico episódio.


