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Caso Benício: Polícia Civil pede prisão de médica e técnica de enfermagem em Manaus

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Caso Benício: Polícia Civil pede prisão de médica e técnica de enfermagem em Manaus

Amazonas – A Polícia Civil do Amazonas solicitou, na manhã desta segunda-feira (15), a prisão da médica Juliana Brasil e da técnica de enfermagem Raiza Bentes Paiva, investigadas pela morte do menino Benício Xavier, de 6 anos, após atendimento no Hospital Santa Júlia, em Manaus. O pedido foi encaminhado à Justiça após o avanço das investigações conduzidas pelo delegado Marcelo Martins.

Segundo a Polícia Civil, as apurações indicam que a médica utilizava carimbo e assinatura com referência à especialidade de pediatria, apesar de não possuir título oficialmente reconhecido, o que pode configurar, em tese, falsidade ideológica e uso de documento falso, conforme normas do Conselho Federal de Medicina (CFM).

O inquérito aponta ainda que Benício recebeu adrenalina por via intravenosa, procedimento considerado inadequado para o quadro clínico apresentado. De acordo com a investigação, a própria médica admitiu o erro na prescrição em mensagens trocadas com outro profissional de saúde. Já a técnica de enfermagem é investigada por ter aplicado a medicação conforme a prescrição, sem questionar a via de administração e a dosagem.

Diante do conjunto de provas reunidas até o momento, a Polícia Civil avalia que houve assunção de risco, o que pode caracterizar homicídio doloso por dolo eventual, quando o agente assume o risco de produzir o resultado fatal. Além das condutas individuais, o inquérito também apura possíveis falhas estruturais do hospital e erros durante o procedimento de intubação realizado na criança.

De acordo com o delegado Marcelo Martins, titular do 24º Distrito Integrado de Polícia (DIP) e responsável pelas investigações, integrantes da gestão do Hospital Santa Júlia serão ouvidos em depoimento na terça-feira (16) e na quinta-feira (18), como parte do aprofundamento do inquérito.

A Polícia Civil também informou que será realizada uma perícia no sistema de gestão hospitalar do Santa Júlia, para apurar suspeitas de falhas na geração de prescrições médicas. Uma das linhas de defesa da médica Juliana Brasil sustenta que o sistema teria alterado automaticamente a prescrição, mudando a forma de administração da adrenalina de nebulização para via intravenosa.

A Justiça do Amazonas já havia revogado um habeas corpus concedido anteriormente à médica, o que abriu caminho para o novo pedido de prisão. O caso segue em investigação, e a Polícia Civil afirmou que novas diligências não estão descartadas.



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