Aluna de 11 anos morre após ser espancada dentro de escola por se recusar a “ficar” com colega; veja vídeo
Brasil – Um crime revoltante chocou a cidade de Belém do São Francisco, no Sertão de Pernambuco, onde Alícia Valentina, de apenas 11 anos, morreu após ser brutalmente espancada por colegas dentro da escola. Segundo informações da polícia, as agressões começaram após a menina recusar “ficar” com um colega, que teria liderado o ataque. O caso, registrado na última quinta-feira, levanta debates sobre violência escolar, segurança nas instituições de ensino e a proteção de crianças e adolescentes.
O que aconteceu
De acordo com o boletim de ocorrência, divulgado pela TV Globo, Alícia foi agredida violentamente por quatro meninos e uma menina no banheiro da escola ou em suas proximidades. O principal agressor, conforme o documento, foi o colega que recebeu a negativa de Alícia para um envolvimento amoroso. A violência foi tão severa que a menina sofreu um traumatismo cranioencefálico, causado por um instrumento contundente, segundo o atestado de óbito. Há suspeitas de que ela tenha sido golpeada na cabeça com um objeto ou sofrido uma queda grave, batendo a cabeça em superfícies como a pia ou o vaso sanitário.
A mãe de Alícia expressou indignação: “Ali não foi só um soco. Ali foi de pé, ou bateu com a cabeça dela na pia, ou na privada”. Funcionários da escola, no entanto, não souberam precisar o que aconteceu no local, o que levanta questionamentos sobre a supervisão e segurança no ambiente escolar.
A cronologia do caso
Após o espancamento, Alícia foi levada a um hospital municipal em Belém do São Francisco, onde lutou pela vida e chegou a receber alta duas vezes. No entanto, ao começar a vomitar sangue, seu quadro se agravou, exigindo internação urgente em um hospital de Salgueiro. Posteriormente, ela foi transferida para o Hospital da Restauração, no Recife, onde teve morte cerebral constatada no domingo (7). O corpo da menina foi enterrado na segunda-feira (8) em sua cidade natal.
Resposta da escola e da prefeitura
A escola afirmou ter “prestado todo o socorro necessário” à vítima, enquanto o Conselho Tutelar de Belém do São Francisco informou que está acompanhando o caso. A rede municipal de saúde destacou que conduziu Alícia ao hospital e garantiu assistência, mas não se pronunciou diretamente sobre a agressão ocorrida dentro da instituição. A prefeitura, por sua vez, declarou estar prestando apoio à família da vítima e afirmou que o caso está em processo de apuração para que “sejam adotadas todas as medidas cabíveis, de forma responsável e transparente”. No entanto, a nota causou revolta.