Advogada Adriane Magalhães diz que denúncia contra casal lésbico que matou menina de 5 anos tinha sido ignorada; veja vídeo
Manaus – A cidade foi chocada na madrugada de quarta-feira (27/08) com a morte de uma menina de apenas cinco anos, vítima de agressões praticadas pela mãe, Rafaela Coelho Ramires, de 22 anos, e pela madrasta, Vitória Coelho Dutra, de 25 anos, no bairro Tancredo Neves, zona leste da capital amazonense. As duas foram presas em flagrante e respondem por homicídio qualificado e maus-tratos.
O caso, segundo a Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), envolveu agressões físicas graves, asfixia e trauma abdominal, confirmados pelo laudo do Instituto Médico Legal (IML). As suspeitas tentaram justificar a morte afirmando que a menina teria sofrido uma queda no banheiro, versão desmentida pelas investigações.
A advogada Adriane Magalhães, que representa o pai da vítima junto ao Ministério Público, criticou a omissão das autoridades e ressaltou que denúncias anteriores poderiam ter evitado a tragédia. “Se as autoridades tivessem dado atenção de fato à denúncia feita desde o início do ano, essa criança estaria viva”, afirmou.
Ela destacou ainda a responsabilidade de órgãos como o Conselho Tutelar: “Se ficar provado que houve omissão, o conselheiro será tão responsável quanto as homicidas. Vamos requerer o afastamento e responsabilização criminal.”
O pai da menina, Oziel Pereira, natural de Fonte Boa, relatou que sua filha já havia contado sobre as agressões sofridas, mas ele não conseguiu manter contato com ela. “Ela era minha única filha. A dor no coração é grande… quero que a justiça seja feita”, disse emocionado.
As investigações da DEHS continuam, e uma coletiva de imprensa será realizada para detalhar as circunstâncias do crime, que gerou revolta na população pela crueldade e pela relação familiar entre autoras e vítima.