Êxodo marítimo causou transtornos entre EUA e Cuba
HAVANA – As águas que separam Cuba da Flórida foram cenário de travessia para diferentes êxodos em massa de cubanos rumo aos EUA. Fugas apressadas, tragédias em alto-mar e sequestros de embarcações fizeram com que o governo comunista proibisse a circulação de barcos sem permissão especial para navegar na área.
Das quatro grandes ondas de migração, a maior ocorreu em 1980, quando 125 mil cubanos deixaram o porto de Mariel rumo à Flórida após o regime de Fidel Castro permitir a saída em massa, depois que dez mil pessoas se refugiaram na Embaixada do Peru em Havana. Em 1994, outros 40 mil improvisaram balsas com botes, carros, caminhões e canos de construção. Muitos morreram na jornada em busca de liberdade e de melhores condições econômicas.
Num episódio que causou uma crise entre Washington e Havana, o menino Elián González foi resgatado numa travessia na qual morreram sua mãe e mais dez pessoas, em 1999. Fora levado sem aval do pai, que pediu sua devolução. Os parentes do menino em Miami insistiram em ficar com ele. Após forte pressão de Havana, Fidel conseguiu que Elián fosse levado de volta à ilha, em 2000.
