Brasília Amapá Roraima Pará |
Manaus
Web Stories STORIES
Brasília Amapá Roraima Pará

Trump muda discurso e diz que vai subir impostos dos mais ricos

Compartilhe

WASHINGTON — Numa inesperada mudança de discurso, Donald Trump, o provável candidato democrata à Casa Branca, deu a entender neste domingo que poderá aumentar os impostos dos americanos mais ricos, caso seja eleito. Questionado pela rede de TV ABC sobre suas propostas na área, o magnata praticamente negou o programa fiscal apresentado em novembro do ano passado, que previa uma redução de impostos para a classe média, mas também para ricos. Agora, segundo ele, sua principal medida será instituir um imposto único de 15% para empresas e cortar o imposto federal de famílias que ganhem menos de US$ 50 mil anuais.

— No meu ponto de vista, os impostos aos ricos aumentarão de qualquer maneira. Estou pronto para pagar mais. E quer saber? Os ricos estão prontos para pagar mais — disse o bilionário, lembrando que a plataforma poderá sofrer alterações durante as negociações com o Congresso. — Vou garantir que a classe média obtenha uma boa redução dos impostos. Brigarei muito a favor das empresas.

Na entrevista, ele ainda afirmou ser favorável ao aumento do salário mínimo e pediu novas tarifas sobre as importações chinesas e mexicanas.

— Não sei como é possível viver com US$ 7,25 por hora. Gostaria de ver um aumento de alguma magnitude. Mas eu prefiro deixar isso para os estados. Deixar os estados decidirem — ressaltou.

O posicionamento representa uma ruptura com propostas dos últimos candidatos republicanos à Presidência, que se opuseram firmemente a aumentos de impostos por quase três décadas. Após a declaração, a equipe de campanha de Hillary Clinton, sua provável rival democrata, disse em nota que os comentários foram um esforço “para agradar a eleitores além daqueles que o apoiaram nas primárias”, e que ele “não tinha intenção real de aumentar taxas para ricos”.

Desde a vitória do magnata nas prévias de Indiana, na terça-feira — e o consequente abandono de seus últimos rivais na disputa —, um número cada vez maior de líderes de primeira linha do partido se somou ao movimento “Qualquer um menos Trump”. Dentre eles, Paul Ryan, presidente da Câmara de Representantes; o candidato de 2012, Mitt Romney; e os dois últimos presidentes republicanos, George W. Bush e George H. W. Bush.

Uma exceção é o senador John McCain, que fez um apelo para que outros líderes o apoiem, caso seja candidato.

— Temos que ouvir as pessoas que escolheram o candidato do nosso partido — disse, à CNN. — Seria tolice ignorá-las.

Trump, por sua vez, descartou a unidade como um pré-requisito para vencer as eleições:

— Seria melhor se o partido fosse unificado. Mas não acho que realmente tenha que ser.



Banner Rodrigo Colchões

Banner 1 - Portal CM7 Siga-nos no Google News Portal CM7



Carregar mais