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Tragédia: prédios desabam e deixam mais de 20 mortos no Marrocos; veja vídeos

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Tragédia: prédios desabam e deixam mais de 20 mortos no Marrocos; veja vídeos

Mundo – Dois prédios residenciais de quatro andares desabaram durante a madrugada desta quarta-feira (10) na cidade de Fez, no centro do Marrocos, deixando pelo menos 22 mortos e 16 feridos. As estruturas, que abrigavam oito famílias no bairro densamente povoado de Al-Mustaqbal, vieram abaixo sem chance de evacuação.

Equipes de resgate chegaram rapidamente ao local, isolaram a área e começaram a retirada dos sobreviventes. Os feridos foram levados ao Centro Hospitalar Universitário de Fez, enquanto bombeiros e voluntários continuam revirando os escombros em busca de desaparecidos. As autoridades admitem que o número de vítimas pode aumentar.

Veja os vídeos:

Rachaduras antigas e nenhuma ação preventiva

Segundo a emissora estatal SNRT, os prédios apresentavam rachaduras há bastante tempo, mas nenhuma medida preventiva foi adotada pelos órgãos responsáveis. Moradores relataram que conviviam com o risco diariamente.

“Meu filho, que mora no andar de cima, me avisou que o prédio estava desabando. Quando saímos, vimos tudo cair”, contou uma moradora idosa à SNRT. Outro sobrevivente relatou ter perdido a esposa e os três filhos. Apenas um dos corpos da família foi localizado até a manhã desta quarta.

Questionado, o Ministério do Interior do Marrocos não se pronunciou.

Tragédia repete histórico de desabamentos

O colapso é considerado um dos piores desde 2010, quando a queda de um minarete em Meknes matou 41 pessoas. Só em Fez, outros dois desabamentos em maio e fevereiro já tinham deixado 14 mortos este ano.

De acordo com o secretário de Estado da Habitação, Abid Ben Ibrahim, mais de 38 mil edifícios no país estão em risco de colapso — um sinal de que a tragédia desta madrugada não é um caso isolado.

Cresce a insatisfação popular

Fez, conhecida mundialmente por sua importância histórica e turística, também vive meses de fortes protestos liderados por jovens da chamada Geração Z. O motivo: precarização das condições de vida, pobreza extrema e serviços públicos em queda, enquanto o governo direciona recursos para obras voltadas à Copa do Mundo de 2030, que o Marrocos vai co-sediar.

O desabamento desta quarta reforça o clima de indignação e aumenta a pressão sobre o governo para enfrentar a crise de infraestrutura que ameaça milhares de famílias em todo o país.

 



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