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Sobe para 61 o número de mortos em incêndio em Hong Kong e chamas seguem pelo segundo dia

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Sobe para 61 o número de mortos em incêndio em Hong Kong e chamas seguem pelo segundo dia

Mundo – Hong Kong – Um incêndio de grandes proporções atingiu um complexo residencial com oito torres no distrito de Tai Po, em Hong Kong, nesta quarta-feira (26), provocando a morte de 61 pessoas, deixando pelo menos 72 feridos e quase 300 desaparecidos. Considerado o mais letal da cidade em três décadas, o fogo segue sendo combatido pelo segundo dia consecutivo, em meio a temperaturas extremamente elevadas dentro dos prédios, o que dificulta o resgate das vítimas.

De acordo com as autoridades locais, 51 pessoas morreram ainda no local e outras quatro faleceram após serem levadas para hospitais. As principais causas dos ferimentos foram queimaduras graves e intoxicação por inalação de fumaça. Entre as vítimas fatais está um bombeiro que atuava no combate às chamas.

Até a última atualização, quatro das oito torres tiveram o incêndio totalmente extinto, enquanto três permaneciam sob controle parcial. Um dos prédios não foi atingido. Muitos moradores ainda estariam presos nos andares superiores, onde a propagação do fogo foi mais intensa.

Prisões e suspeita de negligência

Três homens ligados à construtora responsável pela reforma do complexo foram presos sob suspeita de homicídio culposo. Segundo a polícia, as telas de proteção e os andaimes de bambu utilizados na obra não atendiam às normas de segurança contra incêndio, fator que pode ter contribuído para a rápida disseminação das chamas.

“Os responsáveis demonstraram negligência extrema, permitindo que o fogo se espalhasse de forma descontrolada e resultasse em um número elevado de vítimas”, afirmou Eileen Chung, superintendente da polícia de Hong Kong.

Nesta quinta-feira (27), agentes realizaram buscas no escritório da Prestige Construction & Engineering Company, empresa apontada como responsável pelas reformas, e apreenderam caixas de documentos que podem servir como prova nas investigações.

Resgate sob condições extremas

O Corpo de Bombeiros recebeu o chamado às 3h51 no horário de Brasília (14h51 no horário local), e rapidamente mobilizou centenas de agentes. Horas depois, o alerta foi elevado ao nível 5, o grau máximo da escala de emergência, resultando no reforço de mais 400 policiais e equipes de apoio.

Segundo porta-voz da corporação, a temperatura interna dos edifícios alcançou níveis críticos, tornando o acesso perigoso e retardando as operações de busca e salvamento.

Impacto urbano

Por conta do incêndio, uma seção da rodovia Tai Po foi interditada e diversas linhas de ônibus foram desviadas. Dois quarteirões vizinhos ao complexo chegaram a ser isolados por segurança, mas já foram liberados.

O conjunto residencial abriga cerca de 4,6 mil moradores distribuídos em aproximadamente dois mil apartamentos, de acordo com dados do governo de 2021. Cada torre possui mais de 30 andares.

Histórico preocupante

Hong Kong já enfrentou tragédias semelhantes. O último grande incêndio de impacto ocorreu em 1996, quando 41 pessoas morreram após um fogo causado por soldagem durante reformas. O episódio levou à revisão das normas de segurança em prédios altos.

O uso de andaimes de bambu, tradicional na arquitetura local, vem sendo progressivamente reduzido após 22 mortes de trabalhadores entre 2019 e 2024. Somente neste ano, ao menos três incêndios envolvendo esse tipo de estrutura foram registrados.

As autoridades seguem investigando as causas do incêndio e trabalham na identificação das vítimas e localização dos desaparecidos.



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