Rússia registra terremoto de magnitude 8.8; Japão, EUA e outros países entram em alerta de tsunami; veja vídeo
Mundo – Um dos terremotos mais intensos das últimas décadas abalou o extremo leste da Rússia na noite desta terça-feira (29), horário de Brasília. Com magnitude de 8,8, o tremor foi registrado no mar, a cerca de 126 km da cidade de Petropavlovsk-Kamchatsky, na península de Kamchatka, desencadeando tsunamis em diversos países banhados pelo Oceano Pacífico. O fenômeno já é considerado o mais forte da região desde 2011.
As consequências foram imediatas. Ondas de até 5 metros de altura atingiram a cidade portuária de Severo-Kurilsk e o distrito de Elizovsky, onde foram registrados os maiores impactos na Rússia. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram ruas completamente alagadas, veículos submersos e pessoas tentando escapar da força das águas. Apesar do cenário de destruição, o Kremlin afirmou que não houve mortes e atribuiu o feito à solidez das construções locais e à rapidez dos sistemas de alerta.
Momento exacto que unos profesionales de la salud realizaban una cirugia a un paciente son golpeados por el #terremoto de magnitud 8,8 en Kamchatka, Rusia.#earthquake #tsunami pic.twitter.com/Y0FV4JkKdU
— Diego Herrera F. ✌🇨🇱 (@Diegoherreraf1) July 30, 2025
Alerta global de tsunami
O alerta máximo de tsunami foi emitido para países da costa do Pacífico, incluindo Japão, Estados Unidos (com destaque para Havaí e Califórnia), México, Chile, Peru, Equador e nações da América Central. Governos locais ordenaram evacuações emergenciais em áreas costeiras.
🌊#ULTIMAHORA Ya desde 2012 se vaticinaba que de darse el gran #terremoto provocaría un #tsunami que afectaría a más de la mitad del mundo.
El terror en su máxima expresión..
– pic.twitter.com/SFxSErtBEf— Alex Monday (@AMBcancun) July 30, 2025
No Havaí, ondas de 1,74 metros atingiram a costa, forçando a evacuação de comunidades inteiras. Já na Califórnia, praias foram interditadas e as autoridades mantiveram o estado de atenção por várias horas. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, usou as redes sociais para pedir que a população “mantenha-se segura e siga as orientações das autoridades locais”.
Horas após o evento, o Centro de Alerta de Tsunamis do Pacífico rebaixou o nível de ameaça no Havaí, informando que não há expectativa de um grande tsunami nos próximos momentos.
Réplicas e erupção vulcânica
O terremoto principal foi seguido por fortes tremores secundários, com magnitudes de 6,9 e 6,3. Especialistas alertam para a possibilidade de novas réplicas nos próximos dias, algumas delas podendo ultrapassar magnitude 7,5.
Em uma escalada de eventos naturais, o vulcão Klyuchevskoy, um dos mais ativos da Rússia, entrou em erupção logo após o terremoto. A informação foi confirmada pela filial de Kamchatka do Serviço Geofísico Unificado da Academia Russa de Ciências. Ainda não se sabe se a erupção teve ligação direta com o sismo, mas especialistas avaliam que os eventos podem estar conectados.
População em pânico
Relatos de moradores à imprensa local retratam momentos de terror durante o terremoto. “As paredes tremiam. Ainda bem que já tínhamos uma mala pronta perto da porta com roupas e água. Corremos para fora assim que o chão começou a sacudir”, contou uma moradora à TV estatal Zvezda.
Apesar da intensidade do terremoto e das imagens impressionantes de destruição, não há, até o momento, registro de mortos. Algumas pessoas ficaram feridas, mas sem gravidade, segundo informações das autoridades locais.
Monitoramento contínuo
Autoridades meteorológicas e de defesa civil em todo o Pacífico seguem monitorando a situação, enquanto o risco de novas ondas e tremores não está descartado. Especialistas classificam o terremoto como um dos mais potentes do século na região e destacam a importância dos sistemas de alerta e evacuação, que conseguiram evitar uma tragédia de maiores proporções.
A população das regiões afetadas ainda enfrenta o medo do imprevisível. Enquanto isso, o mundo observa com atenção o que pode ser o prenúncio de uma nova temporada de intensos fenômenos geológicos no Anel de Fogo do Pacífico.


