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Reunião entre Trump e Putin é cancelada e Casa Branca diz que Rússia ‘não tem interesse’ na paz

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Reunião entre Trump e Putin é cancelada e Casa Branca diz que Rússia ‘não tem interesse’ na paz

Mundo – O governo dos Estados Unidos anunciou, nesta quinta-feira (23), o cancelamento da reunião entre o presidente Donald Trump e o líder russo Vladimir Putin, alegando que Moscou “não demonstra interesse suficiente em avançar rumo à paz”. A informação foi confirmada pela secretária de Imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, durante entrevista à emissora CNN.

Segundo Leavitt, Trump também determinou novas sanções contra a Rússia como resposta direta à postura do Kremlin diante do conflito no Leste Europeu. “O presidente sempre afirmou que implementaria sanções à Rússia quando achasse apropriado e necessário – e ontem foi esse dia”, declarou. “Trump tem expressado frustração com Putin e com ambos os lados desta guerra. Ele acredita que, para negociar um bom acordo de paz, é preciso que ambos estejam interessados nisso — e, neste momento, não é o caso da Rússia.”

Na quarta-feira (22), Trump já havia sinalizado o rompimento das tratativas ao afirmar que “não parecia que chegaríamos ao lugar que precisávamos — então cancelei, mas faremos isso no futuro”.

Sanções inéditas contra o setor de energia russo

Em paralelo ao cancelamento do encontro, Washington anunciou medidas punitivas contra as duas maiores companhias de petróleo da Rússia: Rosneft e Lukoil. Essa foi a primeira vez que o governo Trump sancionou diretamente empresas russas desde o início do conflito.

O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, classificou a decisão como um passo necessário para conter o financiamento da “máquina de guerra do Kremlin”.
“Agora é hora de parar a matança e de um cessar-fogo imediato. Diante da recusa do presidente Putin em encerrar esta guerra sem sentido, estamos sancionando as duas maiores empresas petrolíferas da Rússia”, afirmou em comunicado oficial.

A Rosneft já estava sob sanções da União Europeia, enquanto o Reino Unido ampliou restrições às duas companhias na semana passada. A decisão americana, portanto, reforça o isolamento internacional de Moscou e sinaliza um alinhamento entre Washington, Londres e Bruxelas.

Kremlin reage e fala em ‘ato de guerra’

A resposta russa veio poucas horas depois. Dmitry Medvedev, vice-presidente do Conselho de Segurança do Kremlin e ex-presidente da Rússia, classificou as sanções como um “ato de guerra”.
“Se algum dos muitos comentaristas ainda tinha ilusões — aqui está. Os EUA são nossos inimigos, e seu ‘pacificador’ tagarela agora está a caminho da guerra com a Rússia”, escreveu Medvedev em seu canal no Telegram.

Contexto tenso após reunião com Zelensky

O anúncio ocorre dias depois de Trump se reunir com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky na Casa Branca. Apesar de ter evitado prometer o envio de mísseis Tomahawk a Kiev, Trump adotou um tom mais cordial em comparação ao encontro de fevereiro, quando houve trocas de farpas públicas.

Na ocasião, o republicano afirmou que Putin e Zelensky têm uma “rixa pessoal” e que “ambos estão fazendo um ótimo trabalho” nas negociações, sugerindo que ainda poderia atuar como mediador em um futuro encontro trilateral — hipótese que, agora, parece mais distante.

Com o cancelamento da reunião e o endurecimento das sanções, cresce a tensão diplomática entre Washington e Moscou, reacendendo o temor de uma escalada no conflito que já vem abalando o equilíbrio geopolítico global.



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