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Madrugada mais violenta do ano: ataque russo com 430 drones deixa mortos em Kiev nesta sexta-feira (14)

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Madrugada mais violenta do ano: ataque russo com 430 drones deixa mortos em Kiev nesta sexta-feira (14)

Mundo – A guerra entre Rússia e Ucrânia voltou a escalar de forma dramática na madrugada desta sexta-feira (14), com um dos ataques aéreos mais intensos desde o início da invasão russa em 2022. A capital Kiev foi o principal alvo: ao menos quatro pessoas morreram e dezenas ficaram feridas durante um bombardeio que durou quase três horas.

Segundo o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, a Rússia lançou 430 drones e 19 mísseis contra o país, a maior parte direcionada à capital. A Força Aérea afirmou ter abatido 405 drones e 14 mísseis, incluindo dois hipersônicos Kinjal, entre os mais avançados do arsenal russo. Moscou também utilizou um míssil hipersônico Tsirkon, raramente empregado no conflito. Ele não foi interceptado, segundo os ucranianos.

Todos os distritos da capital foram atingidos. Com o amanhecer, equipes ainda combatem incêndios espalhados por Kiev. O governo russo afirma que o ataque foi uma retaliação a ofensivas ucranianas recentes contra refinarias e infraestrutura energética dentro do território russo.

Pressão aumenta no leste e no sul

Enquanto os ataques aéreos se intensificam, o avanço russo em solo segue firme. Tropas de Vladimir Putin continuam pressionando o centro logístico de Pokrovsk, no leste, onde já controlam boa parte da cidade. A queda do local pode comprometer a defesa dos cerca de 20% da província de Donetsk ainda sob controle de Kiev.

Nesta sexta, Moscou anunciou a tomada de mais dois vilarejos na região. A pressão também cresce no sul, em Zaporíjia, onde forças ucranianas vêm perdendo terreno — parte devido à transferência de tropas para reforçar Pokrovsk.

Ucrânia reage com ataques dentro da Rússia

Zelenski afirmou que o país intensificou ações assimétricas, usando novos mísseis de cruzeiro de fabricação nacional, o Netuno Longo, contra alvos em território russo.

No entanto, o maior impacto ocorreu no porto de Novorossisk, no sul da Rússia, onde múltiplas explosões atribuídas a drones ucranianos paralisaram as operações. O terminal já sofria com a queda no volume de exportações de petróleo e grãos.

Escalada ocorre em meio a tensões políticas e novas sanções

A nova onda de violência ocorre enquanto o governo de Donald Trump abandona a pressão por negociações diretas com Putin e aposta no efeito de novas sanções às gigantes petrolíferas russas Rosneft e Lukoil. Esta última enfrenta risco de perder cerca de US$ 22 bilhões em ativos no exterior, que podem ser alvo de nacionalização em países como Egito, Cazaquistão e Moldova.

Mesmo assim, não há sinais de que o Kremlin esteja disposto a reduzir a ofensiva.

Crise interna pressiona Zelenski

Zelenski enfrenta ainda uma crise política doméstica após a revelação de um esquema de desvio de cerca de R$ 527 milhões no setor de energia — justamente um dos alvos preferenciais da Rússia. O presidente afastou o ministro da Justiça, German Galuschenko, que anteriormente comandava a pasta de Energia.

A repercussão negativa levou a alertas de aliados europeus. O premiê alemão Friedrich Merz telefonou para Zelenski cobrando rigor nas investigações. A Comissão Europeia classificou o episódio como “lamentável”, enquanto a França confirmou uma visita do líder ucraniano a Paris na próxima segunda-feira (17) para reforçar o apoio ao país.



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