Líderes mundiais condenam ataques contra capital belga
BRUXELAS — As explosões no aeroporto e em uma estação de metrô em Bruxelas gerou reações de indignação dos principais líderes mundiais. Em Cuba, o presidente americano, Barack Obama, foi comunicado sobre a situação na capital belga. Funcionários do governo estão em contato direto com autoridades belgas e novas informações devem ser divulgadas em breve.
A Casa Branca divulgou um curto comunicado, dizendo que informações adicionais e atualizações serão divulgadas posteriormente. Dos EUA, o aspirante republicano à presidência Donald Trump foi bastante crítico e voltou a defender sua política protencionista.
— Eu fecharia as nossas fronteiras — disse Trump, em entrevista à Fox News. — Somos descuidados e tolos.
Da França também partiram declarações fortes. O primeiro ministro francês, Manuel Valls, afirmou:
— Estamos em uma guerra. Nós fomos sujeitos nos últimos meses na Europa a atos de guerra.
O presidente francês, Francois Hollande, manteve a mesma linha, dizendo que “terroristas atacaram Bruxelas, mas o alvo foi toda a Europa — e todo o mundo que está preocupado”.
Para o primeiro ministro turco, Ahmet Davutoglu, os ataques “mostraram novamente a face global do terrorismo”. O país tem fronteira com a Síria e está combatendo o Estado Islâmico. Pelo Twitter, o presidente russo, Vladimir Putin, expressou “condolências pela morte de civis na série de explosões em Bruxelas”.
Alexei Pushkov, um proeminente parlamentar russo, clamou que a Europa se junte à Rússia na luta contra o terrorismo. O país realizava ações militares na Síria até o início deste mês, mas era criticado por dar suporte às forças do governo local:
— É tempo de a Europa entender de onde vem as ameaças genuínas e juntar esforços com a Rússia.
A família real belga, que evacuou o palácio real no centro da capital após as explosões, divulgou comunicado informando que o “rei e a rainha estão devastados pelos ataques”. “Os pensamentos do rei e da rainha vão primeiramente às vítimas e suas famílias e aos serviços de resgate que estão fazendo todo o possível para ajudar as vítimas”.
Até o momento, nenhum grupo assumiu a autoria dos atentados, mas relatos apontam que testemunhas ouviram gritos em árabe antes das explosões. Contudo, líderes islâmicos condenaram os ataques. Em comunicado, a instituição sunita Al-Azhar, com sede no Egito, afirmou que “esses crimes de ódio violam os ensinamentos de tolerância do Islã”.
“Se a comunidade internacional não se unir para enfrentar esta epidemia, os corrompidos jamais deixarão de cometer seus crimes abjetos contra os inocentes”, acrescenta o texto.