Justiça peruana mantém Keiko Fujimori na disputa presidencial
LIMA — A Suprema Corte do Peru decidiu que a candidata favorita para as eleições peruanas, Keiko Fujimori, continuará na corrida presidencial. O tribunal julgou que o pedido pela sua exclusão da disputa era infundado, pois não reconheceu quebra das leis eleitorais do país. A filha do ex-presidente Alberto Fujimori havia sido acusada de entregar dinheiro a apoiadores em ações proselitistas, o que a desclassificaria para a votação do próximo dia 10 de abril.
Nesta semana, o tribunal ouviu as bancadas de defesa e de acusação no caso de Keiko e, agora, decidiu se ratificar seu primeiro parecer. Em decisão anterior, a Justiça já havia negado que ela houvesse cometido qualquer infração.
Políticos que acusam Keiko de cometer crimes eleitorais, no entanto, rechaçaram a decisão — que recebeu três dos cinco votos do tribunal. Dois outros magistrados dizem que há provas de que a candidata deveria ser desclassificada.
— Vamos apelar deste parecer porque a resolução teve dois magistrados que apontam que houve, sim, infração — disse o congressista Heriberto Benítez.
O Peru vive um clima de incerteza política a apenas dez dias da sua votação. Uma lei que entrou em vigência no último mês de janeiro permite a expulsão de candidatos caso haja denúncias de entrega de dinheiro ou de presentes a apoiadores em eventos de campanha.
Favorita nas pesquisas de opinião com pouco mais de 30% ds intenções de voto, Keiko é considerada favorável ao livre mercado e ao investimento privado. Em 2011, ela disputou a Presidência do país contra o presidente Ollanta Humala e perdeu no segundo turno.


