Homem que tentou matar Trump é condenado e pode pegar prisão perpétua como pena
Mundo -Em um julgamento concluído em 23 de setembro de 2025, Ryan Routh, de 59 anos, foi condenado por tentar assassinar o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em 15 de setembro de 2024, em um campo de golfe em West Palm Beach, Flórida. O júri, composto por sete mulheres e cinco homens, levou apenas duas horas para considerar Routh culpado de todas as cinco acusações, incluindo tentativa de homicídio contra um candidato presidencial e posse ilegal de arma de fogo.
A sentença, que pode resultar em prisão perpétua, será definida em 18 de dezembro pela juíza federal Aileen Cannon. O ataque foi frustrado por um agente do Serviço Secreto, Robert Fercano, que avistou Routh apontando um rifle através de arbustos e disparou, fazendo-o fugir sem disparar. O episódio, ocorrido semanas após outra tentativa de assassinato contra Trump na Pensilvânia, onde na época o candidato foi atingido de raspão na orelha, expôs a vulnerabilidade de figuras públicas em contextos eleitorais.
Promotores afirmaram que Routh planejou o ataque por semanas, enquanto ele, representando-se no tribunal após dispensar seus advogados, negou intenção de matar, alegando que não puxou o gatilho. O julgamento foi marcado por momentos de tensão.
Após o veredicto, Routh tentou se ferir com uma caneta no tribunal, sendo rapidamente contido e retirado. Sua filha, Sara Routh, gritou em apoio ao pai, enquanto seu irmão, Adam, aguardava do lado de fora.
A procuradora-geral Pam Bondi destacou o veredicto como um sinal do compromisso do Departamento de Justiça em combater a violência política, classificando o ato como uma afronta à democracia americana. Routh, que já teve passagens pela polícia por crimes como posse de explosivos e resistência à prisão, é descrito como uma figura controversa.
Ex-morador da Carolina do Norte, ele se mudou para o Havaí e se autoproclamava “líder mercenário”, com planos de envolvimento em conflitos internacionais. O caso reforça debates sobre segurança pública, controle de armas e proteção a figuras políticas, temas centrais em um cenário de polarização crescente nos Estados Unidos.