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Greenpeace enfrenta risco de falência nos EUA após condenação de US$ 660 milhões

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Greenpeace enfrenta risco de falência nos EUA após condenação de US$ 660 milhões

Mundo – Greenpeace enfrenta risco de falência nos EUA após condenação de US$ 660 milhões
O Greenpeace, uma das organizações ambientalistas mais reconhecidas mundialmente, está à beira de um colapso financeiro nos Estados Unidos. Um júri no estado do Texas determinou que a ONG deve pagar uma indenização de US$ 660 milhões à empresa Energy Transfer, valor que supera em mais de 20 vezes o orçamento anual da organização no país. A decisão, anunciada em 19 de março de 2025, pode marcar o fim das operações do Greenpeace em solo americano, caso a sentença seja mantida.

A origem do processo remonta a 2016 e 2017, quando o Greenpeace se envolveu em protestos contra a construção do oleoduto Dakota Access Pipeline, próximo à reserva indígena Sioux de Standing Rock, na Dakota do Norte. A Energy Transfer, empresa responsável pela obra, acusou a ONG de orquestrar manifestações que incluíram invasão de propriedade, difamação e interferência ilícita em seus negócios. Segundo a companhia, as ações do Greenpeace geraram prejuízos significativos e atrasaram o projeto, que acabou concluído em 2017 apesar das controvérsias.

Os protestos ganharam repercussão global, reunindo milhares de ativistas e povos indígenas que denunciavam os riscos do oleoduto para terras sagradas e o abastecimento de água na região. O Greenpeace, por sua vez, afirma que seu papel foi de apoio aos manifestantes, oferecendo treinamento em ações não violentas e suporte logístico, mas nega ter liderado ou incentivado atos ilegais. A organização classificou o processo como uma tentativa de silenciar o ativismo ambiental e limitar a liberdade de expressão.

Com um orçamento anual estimado em cerca de US$ 30 milhões nos EUA, o pagamento da indenização é inviável sem comprometer toda a estrutura da ONG no país. Representantes do Greenpeace já anunciaram que pretendem recorrer da decisão, mas o cenário é desafiador. O julgamento ocorreu em um estado conservador, onde a indústria petrolífera tem forte influência, e a sentença reflete um momento de crescente tensão entre empresas de energia e grupos ambientalistas.

Se a condenação for confirmada, o impacto não será sentido apenas nos Estados Unidos. Fundado em 1971 no Canadá, o Greenpeace opera em mais de 25 países de forma independente, mas uma eventual falência da filial americana poderia abalar a credibilidade e os recursos da rede global. Para os críticos da ONG, a decisão é vista como uma vitória do setor energético contra o que chamam de “ativismo radical”. Para os defensores, trata-se de um ataque preocupante ao direito de protesto pacífico.

Enquanto o recurso não é julgado, o futuro do Greenpeace nos EUA permanece incerto. A organização, conhecida por campanhas ousadas, agora enfrenta um dos maiores desafios de sua história.

Créditos: Gazeta do Povo


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