Brasília Amapá Roraima Pará |
Manaus
Web Stories STORIES
Brasília Amapá Roraima Pará

Donald Trump diz que não planeja atacar a Venezuela; veja vídeo

Compartilhe
Donald Trump diz que não planeja atacar a Venezuela; veja vídeo

Mundo – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, negou nesta sexta-feira (31) que esteja considerando lançar ataques militares dentro da Venezuela, apesar de relatos que apontavam para uma possível expansão da campanha antidrogas americana na região. A declaração, feita a repórteres a bordo do Air Force One, responde diretamente a uma reportagem do Wall Street Journal publicada mais cedo, que indicava que Washington avaliava bombardear instalações militares venezuelanas supostamente usadas para o tráfico de drogas – incluindo portos, aeroportos, bases navais e pistas de pouso controlados pelos militares.

“Não”, afirmou Trump de forma categórica quando questionado sobre a veracidade das informações. Ele acrescentou que ainda não tomou uma decisão final sobre o assunto e que ataques no território venezuelano não estão em pauta. No entanto, o jornal americano, citando fontes do governo, revelou que o Exército dos EUA já identificou esses alvos sob ordens da alta cúpula trumpista. Caso ocorressem, os bombardeios representariam uma escalada drástica nas tensões, enviando uma “mensagem clara” a Nicolás Maduro para deixar o poder. A reportagem não apresentou evidências concretas de que as instalações sejam de fato usadas para narcotráfico.

A negativa de Trump contrasta com outras publicações. O Miami Herald afirmou nesta sexta que a decisão de atacar território venezuelano já teria sido tomada e poderia ocorrer “a qualquer momento, nos próximos dias ou até horas” – informação não corroborada por outros veículos americanos até o momento. Na semana passada, Trump admitiu planos para “ações terrestres contra cartéis de drogas em breve” e, segundo a CNN, considera atingir instalações de produção de cocaína e rotas de tráfico dentro da Venezuela.

A presença militar dos EUA no Caribe é massiva: caças como o AV-8B Harrier II realizaram bombardeios em exercícios no mar em 2 de outubro; dezenas de navios e aeronaves patrulham a região, e o grupo de ataque do porta-aviões USS Gerald Ford – o maior do mundo – chegará nas próximas semanas. Desde setembro, pelo menos 14 ataques contra embarcações resultaram em 57 mortes. A CIA opera secretamente no país, e Washington dobrou para US$ 50 milhões (cerca de R$ 270 milhões) a recompensa por Maduro, acusado de liderar o “Cartel de Los Soles” e classificado como terrorista.

Maduro denuncia “tentativa de mudança de regime” e apela em inglês por “não à guerra maluca”. Ele tentou negociar acesso aos recursos venezuelanos – detentora das maiores reservas de petróleo do mundo, cerca de 300 milhões de barris – sem sucesso. No sábado (25), ordenou exercícios militares no litoral para conter “operações encobertas” americanas, mobilizando tropas e afirmando que os EUA “inventam uma guerra”.

Analistas questionam a narrativa oficial: o Relatório Mundial sobre Drogas 2025 da ONU indica que o fentanil, principal causa de overdoses nos EUA, vem do México, não da Venezuela.

Fragmentação na Oposição

A crise expõe divisões na oposição venezuelana. María Corina Machado, alinhada a Trump, defende intervenção americana, argumentando que Maduro ameaça a segurança dos EUA – visão contestada por relatórios de inteligência. Já Henrique Capriles rejeita ações armadas e aposta em negociações, apesar de fracassos passados.

“Estamos em uma posição indesejável”, disse um analista venezuelano sob anonimato, temendo represálias. “Não há final feliz.”



Banner Rodrigo Colchões

Banner 1 - Portal CM7 Siga-nos no Google News Portal CM7



Carregar mais