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Ataque a bomba em base militar e queda de helicóptero deixam 18 mortos na Colômbia

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Mundo – Dois ataques coordenados, ocorridos nesta quinta-feira (21), deixaram pelo menos 18 mortos e dezenas de feridos na Colômbia, em uma das ações violentas mais graves desde a assinatura do acordo de paz de 2016.

Os atentados ocorreram nas cidades de Amalfi (Antioquia) e Cali, e foram atribuídos a facções dissidentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC).

O primeiro ataque aconteceu em uma região rural de Amalfi, no departamento de Antioquia, onde um helicóptero da Polícia Nacional foi derrubado por criminosos armados durante uma operação de erradicação de plantações de coca.

A aeronave foi atingida por disparos enquanto sobrevoava a área. Todos os 12 ocupantes – policiais – morreram no local.

De acordo com autoridades locais, a ação teria sido planejada por dissidentes das FARC que disputam o controle do território com outros grupos armados, como o Exército de Libertação Nacional (ELN) e quadrilhas do narcotráfico.

Horas depois, em Cali, capital do departamento de Valle del Cauca, um caminhão-bomba foi detonado próximo à Escola Militar de Aviação Marco Fidel Suárez. O atentado matou seis pessoas e deixou pelo menos 71 feridos, a maioria civis.

Imagens divulgadas por testemunhas mostram a destruição de prédios próximos e o pânico entre os moradores.

O atentado foi rapidamente associado a grupos armados ilegais que atuam na região e possuem histórico de ataques contra forças militares e policiais.

O presidente Gustavo Petro se pronunciou ainda na noite de quinta-feira, classificando os episódios como “atos terroristas” e responsabilizando duas facções dissidentes das FARC, que rejeitaram o acordo de paz e permanecem envolvidas em atividades criminosas e no tráfico de drogas.

Em Cali, o prefeito Alejandro Éder decretou lei marcial, proibiu temporariamente a circulação de caminhões e veículos de carga, e anunciou uma recompensa equivalente a US$ 10 mil para quem fornecer informações que levem à captura dos responsáveis.

Relatório recente do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) revela que 2024 foi o ano mais violento na Colômbia desde 2016, com aumento no uso de drones armados por grupos ilegais. Somente no ano passado, o CICV registrou 115 incidentes com drones em zonas de conflito. Em 2025, três militares já morreram em ataques com essa tecnologia.

A organização alerta que as condições humanitárias em 2025 podem ser as piores da última década, com crescente número de deslocados internos, ataques a civis e colapso da segurança em áreas rurais.

A Organização das Nações Unidas (ONU) condenou os ataques e alertou que os grupos armados estão violando sistematicamente os direitos humanos e o direito internacional humanitário, ao atacar civis e alvos não militares.

Diplomatas da União Europeia e dos Estados Unidos também emitiram comunicados de repúdio, pedindo o fortalecimento dos mecanismos de paz e segurança no país.





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