Funcionários da Susam com 4 meses de salários atrasados fazem protesto, na Zona Leste de Manaus
Um grupo formado por cerca de 50 trabalhadores bloqueou o tráfego de veículos na Alameda Cosme Ferreira, no bairro Coroado, Zona Leste de Manaus, na manhã desta sexta-feira (1°). Eles são terceirizados que prestam serviços de conservação e limpeza nos Hospitais João Lúcio e Joãozinho.
Os manifestantes cobram quatro meses de salários atrasados e reclamam que foram desligados das funções repentinamente. Houve tumulto em frente às unidades hospitalares e veículos avançaram em direção aos manifestantes.
A direção do Pronto-socorro João Lúcio informou, por meio de nota, que “o serviço de limpeza e conservação da unidade é realizado por uma empresa prestadora de serviço. Os funcionários são contratados diretamente pela empresa e a direção da unidade não possui qualquer ingerência no sentido de manter ou desligar essas pessoas. A direção informa ainda que a referida empresa está sendo substituída”.
A Secretaria de Estado de Saúde (Susam) afirmou que está trabalhando junto à Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz) para “agilizar o pagamento da empresa no mais breve tempo possível”.
Os trabalhadores denunciam quatro meses de salários atrasados e reclamam que o diretor do hospital fez comunicado de que outra empresa iria substituir a que presta serviços atualmente, na noite de quinta-feira (31) durante troca de plantão.
“Estamos fazendo faxina porque não estamos recebendo salário há quatro meses. Somos seres humanos e precisamos manter nossas famílias”, relatou a auxiliar de serviços gerais Raimunda Pereira, de 48 anos.
Após comunicado, maqueiros, jardineiros, recepcionistas, auxiliar de serviços gerais e coletores realizaram protesto que iniciou às 6h40.
Durante a manifestação, os trabalhadores fizeram uma corrente humana e interromperam tráfego de veículos no sentido bairro/Centro.
A via foi liberada às 7h15. Após a liberação, os funcionários continuaram protestando na entrada da unidade. Ato gerou congestionamento.
Segundo funcionários, a empresa estava há um ano nos dois hospitais e entrou com 320 funcionários e hoje tem 180 trabalhadores. Os trabalhadores reclamam que a empresa alega que o governo do estado não repassou os pagamentos. “Ficamos nessa situação, nesse jogo de empurra. Uma tremenda falta de respeito com os trabalhadores”, desabafou o coletor Francisco Lúcio, de 47 anos.
Fonte: G1