TRF mantém prisão de operador de propina detido em Lisboa
SÃO PAULO — O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) manteve a prisão preventiva de Raul Schmidt Felippe Junior, detido pela Polícia Federal no dia 21 de março em Lisboa, na 25ª fase da Operação Lava Jato. Ele é acusado de ter intermediado o pagamento de US$ 31 milhões em propina paga pela empresa Vantage Drilling para a diretoria internacional da Petrobras, em decorrência do afretamento do navio sonda Titanium Explorer, que custou US$ 1,816 bilhão à Petrobras. Jorge Luiz Zelada, ex-diretor da área, foi um dos beneficiários.
A 8ª Turma do TRF confirmou a decisão do desembargador federal João Pedro Gebran Neto, que havia julgado o pedido de liminar no início deste mês.
A defesa de Raul Schmidt havia argumentado que ele não estava foragido, apenas morava no exterior desde 2005. O desembargador afirmou que ele possuia endereços em Genebra e em Londres e não foi localizado em nenhum deles.
Schmidt é brasileiro e também possui nacionalidade portuguesa. Segundo o MPF, ele vivia em Londres, onde mantinha uma galeria de arte, e se mudou para Portugal após o início da operação, em virtude da dupla nacionalidade. O nome de dele já havia sido incluído no alerta de difusão da Interpol em outubro do ano passado. Era considerado foragido até ser localizado em Lisboa, onde segue preso.