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Setembro Amarelo: a importância de valorizar a vida, acolher e ajudar quem precisa; veja vídeo

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Setembro Amarelo: a importância de valorizar a vida, acolher e ajudar quem precisa

Brasil – O mês de setembro é marcado pela campanha Setembro Amarelo, uma iniciativa da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), que busca sensibilizar a sociedade sobre a importância da saúde mental e da prevenção ao suicídio. Com o lema de 2025, “Se precisar, peça ajuda!”, a campanha reforça que falar abertamente sobre o tema é o primeiro passo para salvar vidas.

Desde 2013, a data de 10 de setembro, Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, inspira ações que se estendem por todo o mês, promovendo acolhimento e conscientização.Um problema global com impacto localDados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que mais de 700 mil pessoas morrem por suicídio anualmente no mundo, o equivalente a uma morte a cada 100 registros. No Brasil, a situação é alarmante: cerca de 14 mil casos são registrados por ano, ou seja, 38 suicídios por dia. Entre jovens de 15 a 29 anos, o suicídio é a quarta principal causa de morte, atrás apenas de acidentes de trânsito, tuberculose e violência interpessoal.

Mais preocupante ainda é o aumento de 49,3% nas taxas de mortalidade por suicídio entre adolescentes de 15 a 19 anos entre 2016 e 2021, segundo o Ministério da Saúde.Embora os números globais mostrem uma redução, as Américas, incluindo o Brasil, enfrentam uma tendência contrária, com índices em alta. A OMS destaca que praticamente 100% dos casos de suicídio estão associados a transtornos mentais, como depressão, bipolaridade, alcoolismo ou esquizofrenia, muitas vezes não diagnosticados ou tratados de forma inadequada. Além disso, fatores como violência, conflitos familiares e isolamento social aumentam a vulnerabilidade.

Reconhecendo os sinais de alerta

Identificar os sinais de ideação suicida é essencial para a prevenção. Frases como “não aguento mais viver”, “nada faz sentido” ou mudanças abruptas de comportamento, como isolamento, apatia ou impulsividade, devem ser levadas a sério. “O suicídio não é um evento isolado, mas um sintoma de algo maior, que pode envolver questões socioculturais, genéticas ou ambientais”, explica a psicóloga Ethel Poll, coordenadora do Núcleo de Depressão da Holiste Psiquiatria. Ela reforça que o estigma em torno do tema muitas vezes impede que as pessoas peçam ajuda ou que saibam como oferecer apoio.

Onde buscar ajuda

A campanha Setembro Amarelo enfatiza que o suicídio é prevenível, e buscar ajuda profissional é fundamental. No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece suporte gratuito por meio da Rede de Atenção Psicossocial, que inclui:

  • Unidades Básicas de Saúde (UBS), para atendimentos iniciais;
  • Centros de Atenção Psicossocial (CAPs), com equipes especializadas em saúde mental;
  • SAMU (192), para emergências.

Outra opção é o Centro de Valorização da Vida (CVV), que oferece apoio emocional voluntário, gratuito e sigiloso, 24 horas por dia, pelo telefone 188 ou pelo chat no site cvv.org.br/chat. O portal oficial do Setembro Amarelo também disponibiliza uma lista de psiquiatras e instituições parceiras com atendimento especializado.Como oferecer apoioFamiliares e amigos têm um papel crucial na rede de apoio. A ABP recomenda:

Ouvir sem julgamentos: valide os sentimentos da pessoa, sem minimizar sua dor;
Acompanhar até o suporte profissional: incentive e, se necessário, acompanhe a pessoa a consultas;
Reduzir o acesso a meios letais: o impulso suicida é muitas vezes transitório, e limitar o acesso a objetos perigosos pode salvar vidas.

“Tratar transtornos mentais é essencial para prevenir o sofrimento. O suicídio é um sintoma de que algo não está bem, e a prevenção começa com o acolhimento e a quebra do tabu”, destaca Ethel Poll.

Um convite à ação

O Setembro Amarelo é mais do que uma campanha; é um movimento pela valorização da vida. Em um país onde 12,6% dos homens e 5,4% das mulheres por 100 mil habitantes morrem por suicídio, a conscientização é urgente.

A campanha nos lembra que pedir ajuda é um ato de coragem, e oferecer apoio é um gesto de humanidade. Se você ou alguém que você conhece precisa de ajuda, não hesite: ligue para o 188 ou busque atendimento no SUS. Juntos, podemos transformar o amarelo da campanha no brilho da esperança.





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