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Senado quer encerrar caso Delcídio antes de votar o impeachment dia 11

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BRASÍLIA – O Senado decidiu fazer um rito rápido sobre a cassação do senador Delcídio Amaral (Sem partido-MS). Depois de a cassação ser aprovada nesta terça-feira pelo Conselho de Ética no Senado, o caso será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ) na manhã desta quarta-feira. Delcídio apresentou nova licença, por cem dias, a partir do dia 6, por interesses particulares. A atual terminaria amanhã, dia 5.

O pedido de cassação do senador por quebra de decoro parlamentar foi incluído na pauta da CCJ na noite de ontem, às pressas. É o único item da pauta. O relator do caso na CCJ é o senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES).

O Palácio do Planalto e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), querem a cassação de Delcídio aprovada pelo Senado antes da votação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, marcada para dia 11. Por isso, a ideia é tentar votar a cassação ainda nesta quarta-feira, mas o mais provável é que ocorra na próxima terça-feira, dia 10.

Delcídio foi preso no dia 25 de novembro na Lava-Jato, acusado de tentar interferir nas investigações e foi liberado em fevereiro. Ele permanece senador e, como tal, recebendo salário normalmente.

Delcídio fez delação premiada dentro da Operação Lava-Jato e citou o ex-presidente Lula e vários senadores, como o próprio Renan. A delação de Delcídio preocupa o Palácio do Planalto e irrita os senadores.

O caso de Delcídio ainda envolveu assessores e gravações de conversas com o ministro Aloizio Mercadante (Educação). O Senado demitiu José Eduardo Marzagão, assessor do senador Delcídio, que gravou conversa com o ministro da Educação,Aloizio Mercadante, na qual ele se oferece para ajudar o parlamentar petista.

A Casa também exonerou Diogo Ferreira Rodrigues, que era chefe de gabinete de Delcídio e que também foi preso na operação Lava-Jato. Delcídio deverá ser o terceiro senador cassado pelo Senado. Em 2000, foi Luiz Estevão (DF). Em 2012, o senador Demóstenes Torres (GO).

O primeiro suplente do senador Delcíido Amaral, Pedro Chaves dos Santos (PSC-MS), é educador e fala com muita naturalidade da ligação de sua família com a de José Carlos Bumlai, preso na última terça-feira. Em conversa com O GLOBO, Pedro Chaves respondeu que sua filha, Neca Chaves Bumlai, é casada com Fernando Bumlai, filho de José Carlos, há bastante tempo, desde 2001, “bem antes da proximidade toda dele com o PT”.

Pedro Chaves disse que Bumlai sempre foi uim ruralista conhecido em Mato Grosso do Sul. Ele disse ainda que sempre teve uma relação “muito amistosa” com o senador Delcídio e que “estranhou bastante” com o que está acontecendo. Perguntado se assumiria, ele disse esperar que o senador supere essa situação e que é preciso esperar o Conselho de Ética.

— Ela é casada com ele (filho de Bumlai) e isso bem antes dessa proximidade toda dele (Bumlai) com o PT disse Pedro Chaves, em entrevista em novembro de 2015.


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