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PT questiona indicação de Anastasia para relator do processo no Senado

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BRASÍLIA — A indicação do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) para o posto de relator da comissão do Senado que analisará o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff voltou a ser tema de debate entre parlamentares nesta segunda-feira. Questionado pelo PT desde que seu nome foi anunciado na semana passada, o tucano deve ser confirmado, na terça-feira, quando o colegiado se reunirá pela primeira vez. Aliado próximo do senador Aécio Neves (MG) — presidente nacional do PSDB e candidato derrotado por Dilma nas eleições de 2014 —, Anastasia vem sendo criticado por petistas pois, segundo eles, já teria “voto pronto” no caso.

O PT voltou a questionar sua indicação nesta segunda-feira, durante a sessão que vai eleger a comissão no Senado. Em resposta, o PSDB afirmou que irá manter a opção por Anastasia, cuja relatoria deve ser confirmada na terça-feira. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) optou por se isentar da discussão.

— Essa Casa não pode ter um relator desse jeito. O nome de Anastasia é provocação. Vamos denunciar isso o tempo inteiro — disse o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), ao anunciar que levará o tema à discussão durante a primeira sessão do colegiado, na terça.

— Se a crítica que fazem ao senador Antonio Anastasia é ser meu amigo, esse é um defeito menor. Claro que o PT vai procurar contaminar e postergar o processo. Quem sabe querem um nome do PT? Mas não podem, a presidente Dilma pertence ao PT. Se ser meu amigo for o problema, eu posso brigar com o senador Anastasia até o final do processo e depois reatamos para sanar esse questionamento — ironizou Aécio Neves, garantindo que o aliado vai fazer um relatório “altamente qualificado”.

— É um queixume do PT para tentar obstruir o processo no Senado — rebateu Cássio Cunha Lima (PB), líder do PSDB no Senado.

— Essa decisão (sobre relator) é uma decisão da economia interna da comissão. Os líderes indicaram os nomes e eles devem estar conversando sobre quem vai presidir e relatar. Não estou acompanhando esse assunto. Tenho absoluta convicção de que a comissão especial vai cumprir o rito legal — afirmou Renan Calheiros.

RENAN SOBRE PRAZOS: “SEM RUSGA”

Ao chegar para presidir a sessão do Senado que elegerá, nesta segunda-feira, os 21 membros da comissão especial do impeachment, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse que conduzirá o processo “sem rusga”. Ao ser perguntado sobre os prazos da comissão, Renan voltou a dizer que o tema é questão interna. A comissão deve começar os trabalhos nesta terça-feira, com um prazo de até dez dias úteis, que acabará dia 9 de maio. Questionado sobre críticas da presidente Dilma Rousseff ao processo, Renan respondeu:

— O Senado vai fazer a sua parte, cumprir seu papel constitucional, e, como parte dele, estaremos hoje (segunda-feira) elegendo a comissão especial. A partir da eleição, o mais idoso vai convocar a instalação da comissão e a eleição para presidente e relator. O Senado vai exercer o seu papel constitucional, e eu, como presidente do Senado, entendo que preciso ter isenção absoluta para conduzir esse processo sem rusga e sem demonstrar parcialidade.



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