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Prisão internacional na Lava-jato é desdobramento da 15ª fase da operação

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CURITIBA – A 25ª fase da Operação Lava-Jato, realizada nesta segunda-feira em Lisboa e batizada pelas autoridades portuguesas de “Polimento”, é um desdobramento da 15ª fase da Lava-Jato, chamada de Conexão Mônaco. Deflagrada em julho de 2015, a 15ª fase teve como alvo principal Jorge Zelada, ex-diretor da área Internacional da Petrobras. Na época, Raul Schmidt Felippe Júnior, sócio de Zelada, teve prisão preventiva decretada e ficou foragido. Ele, Zelada e João Augusto Rezende Henriques, lobista ligado ao PMDB, foram indiciados no ano passado pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de capitais e evasão de divisas.

Desde agosto do ano passado, Raul Schmidt era monitorado pela Polícia Federal, que já sabia onde ele morava e de suas atividades ligadas ao mundo das artes. A prisão só ocorreu agora porque a força-tarefa necessitava de autorização das autoridades portuguesas já que Raul Schmidt é, também, cidadão português.

Zelada assumiu a diretoria da área internacional em 2008, quando Nestor Cerveró deixou o cargo para dirigir as finanças da BR Distribuidora. Zelada ficou no posto até 2012, quando foi demitido por decisão do conselho de administração dois meses após Graça Foster assumir a presidência da estatal.

O ex-diretor da área internacional da Petrobras foi citado em pelo menos duas delações da operação Lava-Jato. Paulo Roberto Costa, ex-diretor de abastecimento da empresa, declarou que Zelada e Cerveró “sabiam e participavam do processo [de corrupção], se beneficiando das vantagens indevidas”.

O ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco também mencionou Zelada em sua delação. Ele afirmou que a propina chegava para Zelada “excepcionalmente”. Segundo Barusco, o ex-colega tinha uma conta no mesmo banco suíço que ele.

A PF afirma que Zelada transferiu 11 milhões de euros para Mônaco – dos quais 10 milhões já estão bloqueados – e mais 1 milhão de dólares para a China, sem o conhecimento das autoridades brasileiras. Os valores também foram considerados incompatíveis com o rendimento do diretor.


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