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Oposição diz a correspondentes estrangeiros que impeachment é constitucional

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BRASÍLIA – Em entrevista a correspondentes estrangeiros, segundo o presidente do PSDB, Aécio Neves (MG), para desconstruir “a narrativa do golpe”, os presidentes de seis partidos de oposição reafirmaram que o impeachment é constitucional, que um eventual governo Michel Temer não é “a solução dos sonhos”, que não há intenção de obstruir as investigações da Operação Lava-Jato e que apoiarão uma agenda dura de reformas estruturais para a retomada do crescimento.

Participaram da coletiva realizada na sala da liderança do PSDB no Senado jornalistas do Le Monde, El País, Wall Street Journal, France Presse, Reuters, La Nacion, Agencia EFE, Agência Ansa e Página 12.

— Explicamos que aqui no Brasil se respeita a Constituição, que não existe golpe e que o impeachment será decidido por parlamentares legitimamente eleitos. Dissemos que o golpe foi dado com o estelionato eleitoral, com o dinheiro de propina financiando a campanha e que não podemos permitir que seja dado um salvo conduto a quem quer que seja — contou Aécio.

Menos preocupados com a discussão sobre se há em curso um golpe ou não, como denunciaram a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula, os jornalistas centraram seus questionamentos sobre a fragilidade de um governo Temer diante da continuidade de manifestações de rua e no risco de o Brasil retornar aos anos 80 da “década perdida” .

— O debate sobre se é ou não golpe repercute mais no Brasil do que lá fora. Lá tem uma visão global da situação. Sabem que a presidente Dilma está fraca e que pode ter o impeachment. Meus leitores querem saber é como o Brasil chegou a essa situação e se vai voltar a crescer. Veem com tristeza e preocupação a possibilidade de o Brasil retornar aos anos 80, da década perdida — relatou um dos correspondentes após a coletiva de Imprensa.

Nesse sentido os correspondentes estrangeiros questionaram os líderes da oposição sobre as bases de um eventual futuro governo Temer e o que poderia ser feito para avançar e retomar o crescimento. Também questionaram sobre a possibilidade de Temer, se assumir, ser bombardeado pelas ruas por ser apoiado “pelas mesmas pessoas também envolvidas em corrupção”.

— Todos os presentes reafirmaram o apoio a continuidade das investigações da Operação Lava-jato, que não sofrerá interferência do novo governo. O senador Aécio disse que o impeachment não é a verdadeira solução, que o melhor seria uma nova eleição, mas é uma solução de emergência — contou uma das jornalistas ao final da entrevista.

Segundo uma das jornalistas, Aécio não foi enfático nem descartou a possibilidade de a Oposição participar com cargos no governo de transição, mas que o apoio se dará em cima da montagem de uma agenda de reformas profundas.

— O senador Aécio disse que medidas duras precisarão ser tomadas para Brasil retomar o rumo. Disse que é impossível o Brasil continuar com 30 partidos, defendeu a profissionalização da gestão dos fundos de pensão e reforma da previdência — contou a jornalista.

Participaram da entrevista além de Aécio, o presidente do PSB, Carlos Siqueira; do Democratas, Agripino Maia ; do PPS, Roberto Freire; do Solidariedade Paulo Pereira da Silva; e do PSC, Marcondes Gadelha.


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