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Operador preso na Lava-Jato era investigado há mais de um ano

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SÃO PAULO e RIO – O engenheiro Zwi Skornicki, representante comercial no Brasil do estaleiro Keppel Fels, está na mira da Polícia Federal há mais de um ano, desde que o nome dele surgiu na lista de 11 operadores de propina entregue à Lava-Jato pelo ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco, um dos delatores da operação. Segundo a Polícia Federal, Skornicki é o maior dos operadores do esquema e teria movimentado quantias muito superiores aos demais, incluindo aí o doleiro Alberto Youssef. A atuação de Skornicki pode levar a outras áreas da administração federal, além da Petrobras.

Nascido na Polônia, Skornicki era representante no Brasil do estaleiro Keppel Fels. Apenas as propinas relacionadas aos contratos firmados entre o estaleiro e a Petrobras podem ter ultrapassado R$ 100 milhões. O estaleiro fechou contratos com a estatal para as plataformas P-51, P-52, P-56 e P-61 e os cascos para a P-53 e P-58.

Barusco disse que o estaleiro ainda devia US$ 14 milhões em propina à diretoria de Serviços da Petrobras quando o diretor da área, Renato Duque, deixou a empresa. Skornicki teria então usado uma conta sua no banco Delta, na Suíça, para transferir US$ 12 milhões a Duque e US$ 2 milhões a Barusco por meio de contas mantidas pela dupla no mesmo banco.

Delatado pelo ex-gerente, que informou ter recebido propina do operador, Skornicki negava ter conta na Suíça e dizia que as denúncias não passavam de “fantasia”. Quando foi levado a depor em fevereiro do ano passado, na Operação My Way, a mesma que prendeu o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto,Skornicki ficou calado sob a alegação de que não sabia do que era acusado.

Skornicki é dono das empresas Eagle do Brasil e Eagle Consultoria em Engenharia, ao lado da mulher e do filho. Na operação My Way, a PF apreendeu na casa dele 48 obras de arte e cinco carros. Ele argumentava que os quadros não valiam muito e que seu patrimônio era compatível com os anos trabalhados no mercado de petróleo. Morador da Barra da Tijuca, no Rio, é dono de uma casa em Angra dos Reis e de um terreno de mais de 4 mil metros quadrados no Condomínio Portogalo, um dos mais sofisticados da região, onde uma segunda residência estava em construção.


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