Brasília Amapá Roraima Pará |
Manaus
Web Stories STORIES
Brasília Amapá Roraima Pará

Muro voltará a separar manifestantes durante votação no Senado

Compartilhe

BRASÍLIA — Com a votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff no plenário do Senado, a cúpula de segurança do governo do Distrito Federal voltou a ficar em estado de alerta. O governador do DF, Rodrigo Rollemberg (PSB), avisou que o esquema de segurança será o mesmo que foi usado durante a sessão da Câmara. Entre as medidas, está a volta do polêmico muro de ferro que dividiu os manifestantes que acompanharam a votação no gramado da Esplanada entre 15 e 17 de abril:

— (O esquema de segurança) vai se repetir. O que alguns chamaram de muro, nós estamos chamando de “corredor da democracia”. Ele permitiu que grupos com opiniões divergentes pudessem se manifestar livremente com total segurança. Não tivemos um único incidente, então esperamos poder repetir isso na votação no Senado.

A Secretaria de Segurança do DF confirmou que o esquema de proteção da região da Esplanada será o mesmo. O muro será cercado por grades, formando um corredor de um quilômetro de comprimento por 80 metros de largura. Quem acompanhar a sessão no gramado deve se dirigir ao lado correspondente ao seu posicionamento: os favoráveis à saída da presidente ficarão ao lado direito do Congresso; os contrários, à esquerda.

MOBILIZAÇÃO MENOR

Sem falar em números, Rollemberg acredita que a sessão do Senado atrairá menos manifestantes. O governo do DF, que esperava a participação de 300 mil pessoas durante a sessão da Câmara, teve a expectativa frustrada. No auge das manifestações, a Polícia Militar contabilizou 79 mil pessoas nas imediações do Congresso, sendo 53 mil a favor e 26 mil contra o impeachment.

— Tenho impressão de que vai ser menor, mas vamos usar o mesmo aparato de segurança — completou Rollemberg.

Renan Santos, do Movimento Brasil Livre (MBL) — um dos mais ativos nos protestos contra a presidente — não está se mobilizando para acompanhar a votação. O MBL acredita que os grupos contrários ao impeachment também não devem levar militantes, pois já perceberam que podem sair derrotados novamente:

— Eles não querem se mobilizar. Sabem que não vão ganhar. Sabem que não adianta perderem e ficarem reclamando lá na frente, no gramado.

A Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) e a Força Sindical também não devem organizar manifestações. A Central Única dos Trabalhadores (CUT) e o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MTST), contrários ao impeachment, disseram não ter decidido ainda sobre a participação durante a votação, mas devem promover atos em diversas cidades do país a partir de hoje. A União Nacional dos Estudantes (UNE) pretende organizar caravanas para o dia da votação.

Rollemberg, que já teve reuniões com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), deve se reunir hoje com o chamado “Comitê de Pacificação”, formado por autoridades e líderes de movimentos sociais ligados ativamente às manifestações. A reunião deve definir o uso de carros de som e bonecos infláveis, como os “pixulecos” usados por grupos pró-impeachment.

O serviço de inteligência da Polícia Militar do DF passou a monitorar o comportamento dos manifestantes nas redes sociais. Já existe uma mobilização de opositores do impeachment marcada com o objetivo de invadir o Congresso antes da votação. Os manifestantes pretendem ocupar o Palácio do Planalto e as imediações da Praça dos Três Poderes.

‘OCUPA SENADO’

A “Operação Ocupa Senado” é contra um eventual governo Temer, que os manifestantes julgam como um “governo ilegítimo, usurpador da soberania e dos votos populares”. A expectativa é que a manifestação reúna caravanas de diversos pontos do país e forme um grande cerco humano ao redor do Congresso.

Os deputados petistas Paulo Pimenta (RS) e Maria do Rosário (RS) mostraram apoio à mobilização em um vídeo feito pelos militantes. Na gravação, Pimenta afirma que os grupos pró-Dilma não devem se iludir com os senadores, já que lá é “tudo carta marcada”. Maria do Rosário disse que quando gravou o vídeo não sabia que o movimento pretendia ocupar o Congresso, mas que classifica como “autônomas” as mobilizações.

*Estagiário sob supervisão de Francisco Leali


Banner FIGA2025

Banner Rodrigo Colchões

Banner 1 - Portal CM7 Siga-nos no Google News Portal CM7



Carregar mais