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‘Mudança de tom e respostas rápidas’, por Sandra Cohen

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RIO — A mudança de tom na política externa ficou clara no primeiro dia de gestão do novo chanceler, José Serra: “Ela será regida pelos valores do Estado e não de um governo e nunca de um partido”. Estava dado o recado aos países da chamada ala bolivariana, especialmente à Venezuela de Nicolás Maduro, a que Serra, enquanto senador, se referia como uma ditadura.

Apesar do arroubo da retórica, no decorrer deste primeiro mês prevaleceu o pragmatismo. Maduro falou grosso, mas manteve seu embaixador em Brasília. E enquanto o secretário-geral da OEA, Luis Almagro, tentou acionar a Carta Democrática contra a Venezuela, o Brasil preferiu a via do diálogo, alinhando-se à Argentina e aos EUA.

O Itamaraty também respondeu rapidamente às críticas sobre o processo de impeachment. Rebateu o secretário da Unasul, Ernesto Samper, que alertara sobre risco de ruptura no Brasil, ameaçando invocar a cláusula democrática. Em Paris, onde Serra e Samper se encontraram dias depois, as arestas foram aparadas.

Uma das missões imediatas do novo governo é justamente lidar com a desconfiança no exterior, buscando a legitimação internacional. É como se o mundo falasse de dois Brasis — o de Dilma e o de Temer. Editoriais de jornais estrangeiros só unificam o país na hora de criticar seu sistema político e a corrupção como forma de governabilidade.

*Editora de Mundo



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