Brasília Amapá Roraima Pará |
Manaus
STORIES
Brasília Amapá Roraima Pará

Moro concede liberdade para secretária da Odebrecht

Compartilhe

CURITIBA – O juiz da 13ª Vara Federal Criminal, Sérgio Moro, determinou nesta quinta-feira a soltura da secretária da Odebrecht Maria Lúcia Tavares, presa na 23ª fase da Operação Lava-Jato. Em petição, a delegada da PF Renata Rodrigues disse “não vislumbrar a presença dos pressupostos necessários” ao pedido de prorrogação da prisão da funcionária da empresa, que venceu nesta quarta-feira.

Em decisão, Moro acolheu a argumentação da polícia e determinou que Maria Lúcia entregue o passaporte à Justiça. Ela foi proibida de deixar o país e mudar de endereço sem autorização do juiz. Ela também foi orientada a comparecer a todos os atos do processo e atender a convocações da PF e do Ministério Público. O alvará de soltura foi expedido nesta quinta-feira.

Em depoimento prestado na tarde de terça, Maria Lúcia preferiu ficar em silêncio. O objetivo dos investigadores era tentar esclarecer mensagens com menção a pagamento de “acarajés”, que a polícia acredita se tratar de sinônimo de propina, e planilhas com menção a pagamentos da Odebrecht para João Santana, que teriam sido apreendidas com ela.

A secretária também seria autora de uma tabela localizada pela PF na empresa, com menções a pagamentos que investigadores associaram a repasse a partidos políticos fora da contabilidade oficial. O registro de seu nome como editora da ferramenta onde foi produzido o documento levou a polícia a pedir sua prisão.

Em depoimento anterior, ela negou ser a autora das planilhas e argumentou que a entrega de acarajé mencionada em e-mails em que era copiada não se tratava de propina, mas de porções do prato típico baiano, trazidos para executivos, segundo ela, da Bahia para o Rio de Janeiro.

A versão é considerada inverossímil pela polícia, que relatou em despacho enviado à Justiça dezenas de mensagens trocadas entre executivos da Odebrecht, com o mesmo teor.

Tavares era secretária de Hilberto Silva, diretor da Odebrecht responsável por abrir contas da empresa no exterior, usadas para pagar propina a agentes públicos, segundo apurou a Lava-Jato.





Siga-nos no Google News Portal CM7



Carregar mais