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Leoa que devorou “Vaqueirinho” não será sacrificada, diz zoológico; veja vídeo

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Leoa que devorou “Vaqueirinho” não será sacrificada, diz zoológico; veja vídeo

Brasil – A direção do Parque Zoobotânico Arruda Câmara, a Bica, em João Pessoa, confirmou que Leona, a leoa que matou um homem após ele invadir seu recinto no último domingo (30), não será sacrificada. O animal, que nasceu no próprio zoológico há 19 anos, está sendo acompanhado pela equipe técnica devido ao elevado nível de estresse provocado pelo ataque.

Segundo a administração da Bica, Leona permanece sob observação e recebe cuidados específicos para garantir seu bem-estar após o incidente.

O ataque e a invasão improvável

O caso ocorreu durante o horário de funcionamento do parque e foi registrado por visitantes que presenciaram toda a cena. De acordo com a Prefeitura de João Pessoa, o homem — identificado como Gerson de Melo Machado, de 19 anos — realizou uma escalada extremamente arriscada:

subiu por uma parede de mais de 6 metros,

ultrapassou grades de proteção,

e usou uma árvore interna como apoio para entrar diretamente no recinto da leoa.

Vídeos feitos por turistas mostram Gerson subindo a estrutura lateral da jaula antes de ser atacado. O incidente ocorreu por volta das 10h, enquanto o parque estava aberto ao público desde as 8h.

Quem era Leona?

Leona é uma das moradoras mais antigas da Bica. Nascida em 2006, ela é filha do casal Darah e Sadam e foi criada no próprio zoo. Após a morte dos pais, chegou a dividir espaço por alguns meses com Simba, um leão macho que acabou morrendo pouco tempo depois.

Em 2022, a Bica recebeu outra leoa vinda de Teresina. No entanto, uma tentativa de aproximação entre as duas fêmeas não teve sucesso, e elas precisaram ser mantidas separadas.

Atualmente, Leona vive sozinha no recinto.

A morte do invasor

O Instituto de Polícia Científica (IPC) informou que Gerson morreu por choque hemorrágico, provocado por múltiplos ferimentos perfurantes e contundentes na região do pescoço.

A prefeitura divulgou nota lamentando o ocorrido e prestando solidariedade à família. A administração reforçou que o parque segue normas técnicas e protocolos de segurança — que só foram violados porque o jovem ultrapassou todas as barreiras físicas existentes.

Segundo apuração da TV Cabo Branco, Gerson tinha transtornos mentais, o que pode ter contribuído para a ação extrema.

Reação da leoa

No momento da invasão, Leona estava deitada próximo ao vidro onde visitantes costumam observar o recinto. Ao perceber a entrada do jovem, ela se levantou, contornou o lago interno e avançou rapidamente, realizando o ataque fatal em poucos segundos.

Por se tratar de um comportamento natural de defesa territorial, a direção da Bica reafirmou que não há qualquer justificativa para punição ao animal.

Bica reforça cuidados e investigações continuam

Após o episódio de grande repercussão, o Ministério Público abriu procedimento para apurar as circunstâncias da morte e avaliar eventuais falhas estruturais no parque.

Enquanto isso, Leona permanece sendo monitorada e continuará vivendo no zoológico onde nasceu. O parque segue aberto ao público, mas equipes reforçaram as orientações de segurança aos visitantes.

A tragédia reacende o debate sobre saúde mental, segurança em recintos de animais selvagens e a necessidade de reforço nas estruturas de proteção, especialmente em espaços frequentados por famílias e crianças.



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