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Gilmar Mendes critica vazamentos de trechos de delações premiadas

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CURITIBA – O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes criticou nesta sexta-feira o vazamento de trechos de delações premiadas e interceptações telefônicas de pessoas investigadas por dar brechas a “interpretações distorcidas” dos fatos. Em palestra durante o V Congresso Nacional de Direito Eleitoral, em Curitiba, Mendes disse que é preciso mudar o sistema político eleitoral brasileiro.

— Isso (vazamentos) foi se tornando uma rotina ao longo do tempo. Quando passei pelo Conselho Nacional de Justiça incentivei resolução para responsabilizar agentes responsáveis por vazar informações. Mas é difícil. Quanto maior é a operação, mais difusa fica a responsabilidade e mais convidativa essa tarefa de vazamento. É um tema que vamos ter de lidar no futuro. O vazamento sai com truncamento e isso propicia interpretações distorcidas dos fatos — afirmou o ministro.

Respondendo perguntas de jornalistas, Mendes defendeu que o teor das delações premiadas seja divulgado em algum momento, mas que acredita que isso deve ser melhor regulamentado. O ministro evitou dar sua opinião sobre temas que está analisando no Supremo, como a posse do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Casa Civil e a análise das contas da campanha da chapa de Dilma Rousseff e Michel Temer. Ele disse apenas que o plenário do STF deve analisar o caso de Lula daqui a duas semanas.

Durante sua palestra, Gilmar Mendes defendeu o debate sobre o sistema político eleitoral. Segundo ele, reformas pontuais e a própria interferência do Supremo em temas eleitorais, produziram o modelo atual, “extremamente complexo e distorcido” com 36 partidos políticos.

— Saímos de modelo de 5 partidos em 1989, chegamos ao número de 36, com artificialismo enorme, falsificação do modelo de representação. É chegado o momento de fazer uma reforma política. E é difícil porque temos que consertar o avião com o avião andando.

Sobre sua atuação no Supremo Tribunal Eleitoral, que deve assumir em maio, Mendes defendeu a utilização de profissionais de outras áreas, como da Receita Federal, para identificar crimes fiscais e sugeriu até a criação de uma área de inteligência para identificar a prática de caixa dois nas campanhas.


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