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Cunha: o presidente da Câmara que iniciou guerras com seu temperamento

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BRASÍLIA – Afastado do mandato parlamentar por decisão do ministro do STF Teori Zavascki, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), recebe aliados na residência oficial da Câmara, entre eles o deputado Paulo Pereira da Silva (Solidariedade-SP). O parlamentar é um dos mais próximos de Cunha, que ainda tem o controle da maioria na Câmara.

Aliados de presidente da Câmara avaliam que ele chegou a esse momento por ter aberto uma verdadeira guerra com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, desde o início das investigações envolvendo seu nome. Cunha chegou a ser aconselhado por peemedebistas mais experientes, como o presidente em exercício do PMDB, senador Romero Jucá (RR), a “baixar o tom”, mas não atendeu aos pedidos.

Essa é a principal diferença entre a estratégia de Cunha e a do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que também é investigado na operação Lava-Jato. Ao contrário de Cunha, Renan nunca criticou publicamente o Ministério Público e nem a Polícia Federal. Ao contrário, Renan sempre disse que o homem público deve ser investigado e que está à disposição para dar todas as explicações.

Cunha, por outro lado, a cada nova investigação ressaltava que Janot fazia uma verdadeira “campanha” contra ele. Desta forma, o presidente da Câmara acabou se indispondo com o Ministério Público e o Supremo Tribunal Federal (STF). O comportamento explosivo de Cunha gerou mal-estar em desafetos. Nos bastidores, Cunha é próximo de Jucá e do próprio vice-presidente, Michel Temer.

Aliás, o grupo de Renan no PMDB reclama nos bastidores da ligação de Temer com Cunha, da influência do deputado junto ao vice desde quando era líder do PMDB na Câmara.

Cunha construiu sua força dentro da Câmara, em especial junto aos parlamentares do chamado baixo clero, quando foi líder do partido. Ele adotou a tática de atender a pedidos dos parlamentares, inclusive de outras siglas, e ainda de pegar a relatoria de matérias importantes para o governo. Com isso, ele ganhou poder e teve o controle da agenda do governo no Congresso por muito tempo.

Agora, Renan deve ampliar seu afastamento de Cunha. Além disso, Temer já era aconselhado a não ter mais tanta proximidade e a até não viajar, caso se torne presidente no lugar de Dilma Rousseff, justamente para não ter que colocar Cunha na Presidência.

Outra diferença entre Cunha e Renan: o primeiro virou inimigo de Dilma e liderou o processo de impeachment. Já Renan é aliado da presidente, contrariando Temer, inclusive.

Nos bastidores, Cunha ainda estava influenciando na escolha dos ministros de Temer. Ele costuma dar respostas fortes a todos os fastos, principalmente via WhatsApp.



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