Brasília Amapá Roraima Pará |
Manaus
Web Stories STORIES
Brasília Amapá Roraima Pará

Cidades engolidas pelas águas: temporais em 2025 revelam fragilidade dos municípios brasileiros; veja vídeos

Compartilhe
Cidades engolidas pelas águas: temporais em 2025 revelam fragilidade dos municípios brasileiros; veja vídeos

Brasil – Manaus, capital do Amazonas, foi castigada por um temporal devastador na tarde de terça-feira (4/3), transformando ruas em rios e expondo, mais uma vez, a vulnerabilidade das cidades brasileiras diante de chuvas intensas. O evento, ocorrido em pleno feriado de Carnaval, deixou um rastro de alagamentos, desabamentos e feridos, com vídeos mostrando o caos que tomou conta da cidade.

Leia também: Calamidade: comunidade da Sharp e Armando Mendes voltam a sofrer com alagamentos após forte temporal; veja vídeos 

Este é apenas o mais recente capítulo de uma série de temporais que têm assolado o Brasil em 2025, evidenciando que o país não está preparado para absorver tanta água, consequência de mudanças climáticas e urbanização desordenada.

Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), as chuvas em Manaus devem persistir até 8 de março, com ventos de até 60 km/h e acumulados previstos de 50 mm. A Defesa Civil local trabalha para atender as vítimas e já emitiu um novo alerta para deslizamentos, porque a infraestrutura da cidade não consegue suportar o volume de água, um problema recorrente em todo o Brasil.

Fortaleza: o centro alagado

No dia 14 de janeiro, o centro de Fortaleza, no Ceará, ficou completamente submerso após chuvas de até 23 mm em poucas horas. A avenida Tristão Gonçalves virou um rio, e comerciantes, como os da rua Liberato Barroso, viram suas lojas inundadas “até a canela”, conforme relatado ao jornal O Povo. Agentes da Autarquia Municipal de Trânsito (AMC) tiveram que controlar o tráfego em cinco pontos críticos, mas a falta de drenagem eficiente deixou claro o despreparo da capital cearense para temporais.

Santarém: prejuízo e revolta no Pará

Em Santarém, no Pará, a chuva intensa da última sexta-feira, 17 de janeiro, trouxe alagamentos que geraram prejuízos estimados em mais de R$ 100 mil. Proprietários de veículos hospedados no Tapajós Center Hotel alegam que o estabelecimento não informou sobre os riscos de alagamento na área nem ofereceu o uso de um estacionamento interno. Enquanto a rua era tomada pela água, os hóspedes assistiram impotentes à destruição de seus carros. A ausência de alertas e de infraestrutura adequada na região escancara, mais uma vez, a fragilidade urbana frente às chuvas.

Relembrando o início do ano: São Paulo e Canoas

O ano de 2025 começou com São Paulo enfrentando um dilúvio em 25 de janeiro, quando 125,4 mm de chuva caíram em poucas horas, alagando a Marginal Tietê e bairros como Paraisópolis. Um vídeo no X mostra carros sendo arrastados na zona leste.

Já em Canoas, Rio Grande do Sul, o temporal de 25 de fevereiro inundou ruas e destruiu pontes, com o rio dos Sinos transbordando em cenas capturadas pelo SBT News. Em ambos os casos, a impermeabilização do solo e a falta de sistemas de drenagem amplificaram os danos. Mas mesmo assim, a população mais carente se virou como pôde.

Cidades despreparadas e mudanças climáticas

Especialistas apontam que o aumento da frequência e intensidade das chuvas, impulsionado pelas mudanças climáticas, é um desafio que as cidades brasileiras não conseguem enfrentar. A urbanização desenfreada, com solos impermeabilizados e sistemas de escoamento insuficientes, transforma temporais em tragédias. Em Manaus, Fortaleza, Santarém e tantas outras localidades, a água não encontra espaço para ser absorvida, resultando em cenas de destruição que se repetem a cada novo evento climático. Enquanto as autoridades prometem obras, a população segue refém de um problema que exige soluções urgentes e de longo prazo.



Banner Rodrigo Colchões

Banner 1 - Portal CM7 Siga-nos no Google News Portal CM7



Carregar mais