Caos: Espírito Santo registra mais de 60 assassinatos e 200 furtos
Apesar da presença da força Nacional os moradores da Grande Vitória preferiram não se arriscar e deixaram as ruas vazias, nesta terça-feira (7).
Desde o último sábado (4), quando os PMs entraram em greve, mais de 60 pessoas foram assassinadas. Também foram registrados assaltos em pontos de ônibus e muitos flagrantes de roubos de carros. Já são 200 ocorrências na delegacia de furto de veículos da capital.
Sem ônibus e com a Polícia Militar em greve, o comércio se manteve fechado em uma espécie de feriado forçado.
O secretário de Segurança Pública capixaba, André Garcia, informou que um novo contingente deve chegar ainda hoje.
“Estamos garantindo a segurança para que a vida volte ao normal”, disse, qualificando a suspensão do serviço de policiamento como “um movimento irresponsável”.
O caos que a Região Metropolitana de Vitória, no Espírito Santo, vive desde a madrugada de sábado vem sendo registrado e viralizado nas redes sociais. Diversos vídeos publicados no Twitter, por exemplo, mostram flagrantes de saques a lojas, assaltos a pedestres e motoristas e contextualizam o clima de pânico que vem tomando conta do estado.
Muitos registros vêm sendo feitos das janelas de apartamentos ou até mesmo por motoristas e caronas que vêm presenciando momentos de terror em plena luz do dia, em vias públicas. Confira alguns dos flagrantes que viralizaram nesta segunda .Vídeos exibem situação de caos no Espírito Santo_ arrastões, saques e assassinatos
Nesta segunda-feira, o Ministério da Justiça autorizou o envio de 200 homens da Força Nacional que devem chegar à região na noite desta segunda-feira para reforçar a segurança. A gênese da situação calamitosa capixaba tem ligação com a ausência da Polícia Militar no patrulhamento das ruas, uma vez que manifestações de familiares vêm impedindo a saída dos policiais de seus respectivos quartéis.
Os protestos dos parentes dos agentes de segurança acontecem em toda a Região Metropolitana de Vitória, Guarapari, Linhares e Aracruz, Colatina e Piúma. Além de reajuste salarial, os familiares pedem o pagamento de auxílio-alimentação, periculosidade, insalubridade e adicional noturno, além de reclamarem do sucateamento da frota e da falta de perspectiva dos agentes.