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Amapá pode ultrapassar São Paulo e se tornar o estado mais rico do Brasil

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Amapá pode ultrapassar São Paulo e se tornar o estado mais rico do Brasil

Brasil – O que até pouco tempo parecia um projeto distante começa a se tornar realidade. Após anos de impasses e debates ambientais, a Petrobras recebeu do Ibama autorização para dar início à perfuração exploratória de petróleo na Margem Equatorial, área marítima situada no extremo norte do país, próxima à costa do Amapá.

O ponto inicial das operações será o bloco FZA-M-059, localizado a 175 quilômetros da costa amapaense e a cerca de 500 quilômetros da foz do Rio Amazonas. A etapa inicial, que deve se estender por aproximadamente cinco meses, tem como objetivo coletar dados geológicos que confirmem o potencial da região — já considerada por especialistas como o “novo pré-sal” brasileiro.

Cinco anos de negociações e rigor ambiental

A autorização concedida pelo Ibama é resultado de um processo que se arrastou por cinco anos, envolvendo estudos técnicos, audiências públicas e inspeções marítimas. Em 2023, o órgão havia negado o pedido de licença da estatal por falhas no plano de emergência. Desde então, a Petrobras revisou seus protocolos e reforçou as medidas de segurança ambiental, incluindo a criação de um centro de atendimento à fauna em Oiapoque (AP) e a ampliação da estrutura de resposta a acidentes.

O Ibama informou que a liberação ocorreu após “rigoroso processo de licenciamento”, e que novas simulações serão realizadas durante a fase de perfuração para avaliar a capacidade de resposta da empresa.

Potencial bilionário e transformação regional

Os estudos mais recentes da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) estimam que a Bacia da Foz do Amazonas possa conter até 10 bilhões de barris de petróleo — volume capaz de elevar significativamente as reservas nacionais e reposicionar o Brasil entre os grandes produtores mundiais.

Se as projeções forem confirmadas, o impacto sobre o Amapá poderá ser histórico. Tradicionalmente marcado por baixos índices de desenvolvimento, o estado pode se tornar uma potência econômica, com arrecadação e Produto Interno Bruto (PIB) per capita superiores aos de estados mais industrializados, como São Paulo.

Empregos, investimentos e novo ciclo de desenvolvimento

Um levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) aponta que a exploração na Margem Equatorial pode elevar o PIB do Amapá em 61,2% e gerar mais de 54 mil empregos diretos e indiretos. Além da arrecadação com royalties e tributos, o ciclo de exploração deve atrair investimentos em infraestrutura, qualificação profissional e serviços públicos, transformando o perfil econômico de municípios como Oiapoque, Calçoene, Macapá e Santana.

A expectativa é que a cadeia produtiva local se fortaleça com o aumento da demanda por fornecedores regionais e mão de obra qualificada, criando uma dinâmica de crescimento sustentado.

O “novo pré-sal” e o redesenho do mapa energético brasileiro

A Margem Equatorial, que se estende do Rio Grande do Norte ao Amapá, vem sendo tratada como prioridade pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) para 2025. A região, que já despertou interesse de investidores internacionais, segue a tendência de descobertas expressivas em países vizinhos, como Guiana, Suriname e Guiana Francesa — hoje considerados novos polos globais de produção offshore.

Com potencial estimado de produção de até 1,1 milhão de barris por dia, o conjunto de blocos da Margem Equatorial pode inaugurar uma nova fronteira energética para o Brasil. Caso o projeto avance conforme o planejado, o Amapá deixará de ocupar o papel de periferia econômica para se tornar símbolo de um novo ciclo de prosperidade nacional — um marco que pode redesenhar o mapa da riqueza e do desenvolvimento no país.



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