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Alunos mantêm ocupação no Centro Paula Souza em São Paulo

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SÃO PAULO — Após suspensão de reintegração de posse, e com previsão de audiência de conciliação pela Justiça de São Paulo, a ocupação no Centro Paula Souza (CPS), centro da cidade, feita por estudantes da rede pública estadual, entra no sexto dia nesta terça-feira. Os jovens dormem em colchonetes e em camas improvisadas com cobertores. O número de unidades ocupadas, no entanto, pode ser maior. Por volta das 10h, através de uma rede social, os alunos afirmaram ter invadido as Etec Jaraguá e Pirituba.

Os estudantes protestam contra a “Máfia da Merenda”, o esquema de corrupção que atingiu 22 prefeituras do estado, além do governo Geraldo Alckmin (PSDB), contra a falta do serviço de alimentação completa nas Etecs e Fatecs, e contra os cortes nos repasses para a educação. O CPS é uma autarquia do governo estadual. O prédio invadido reúne a administração central do CPS, a Etec Santa Ifigênia e o Centro de Capacitação. As aulas estão suspensas.

Na segunda-feira, o Tribunal de Justiça de São Paulo suspendeu a reintegração de posse do prédio, depois que a Tropa de Choque da Polícia Militar invadiu o local, por volta das 11h. A entrada dos policiais na escola foi marcada por tensão. Os estudantes ajoelharam, ergueram as mãos, mas prometeram resistir até suas reivindicações serem atendidas. Não houve confronto e, na noite de segunda-feira, a tropa deixou o prédio.

O vice-governador de São Paulo Márcio França (PSB) aceitou receber uma comissão dos estudantes nos próximos dias. Ao longo da segunda-feira, algumas manifestações isoladas foram registradas em outras Etecs da capital, mas sem prejuízo das aulas. Os estudantes da Etec Paulistano instalaram-se nas dependências administrativas da unidade, mas os funcionários trabalharam normalmente.

Em resposta à reivindicação de merenda, por nota, o Centro Paula Souza informou que “está sendo criada uma Comissão Intersetorial de Governança da Alimentação Escolar com o objetivo de discutir e implementar propostas de melhorias imediatas na distribuição e oferta de alimentação escolar”.

Alunos da Etec Einstein, na Casa Verde, Zona Norte da cidade, contam que os problemas vão além da merenda.

— Temos que dividir livros porque não tem material para todos. E nossa unidade é uma das melhores. Em bairros mais afastados, a situação é mais complicada: faltam material e até professores. É muito mais que a questão da merenda — relatam os jovens.


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