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Aécio diz que cargos não é tema relevante nesse momento

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BRASÍLIA – A cúpula do PSDB espera ganhar tempo para resolver o problema do senador José Serra (PSDB-SP) que abriu interlocução direta com o vice-presidente Michel Temer e passou a defender abertamente a participação do partido com cargos no eventual governo de coalizão se a presidente Dilma Rousseff for afastada. O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG) , se reuniu nesta segunda-feira com os líderes do partido no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), e da Câmara, Antônio Imbassahy (BA) e fecharam questão no discurso de que discussão de cargo agora é irrelevante e o ponto central no momento é negociar com Temer um documento programático com oito a 10 temas, baseado no tripé “moral, econômico e social”.

A reunião aconteceu no gabinete do senador Tasso Jereissatti e o resultado bate também com a posição do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin , que defende o apoio ao governo de coalizão, sem cargos. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso está atuando para impedir que o caso Serra, que ontem se reuniu com Temer, aprofunde um racha no partido.

— Vamos resolver isso com calma, discutindo o assunto de forma institucional na hora certa, dando tempo ao tempo e deixando a poeira baixar — respondeu Aécio ao ser questionado sobre a defesa feita por Serra e pelo senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) da participação efetiva no futuro governo Temer.

Sobre as críticas de que o PSDB estaria fugindo a responsabilidade de colaborar com o governo de transição depois de apoiar o impeachment, Aécio disse que não aceita “patrulhamento” porque o partido agiu com coerência e responsabilidade desde 2014 quando alertou sobre as pedaladas, e depois ao propor a ação de impugnação da chapa ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

— Na terça-feira vamos fechar com a Executiva do partido um conjunto de propostas que consideramos essenciais para a recuperação moral, econômica e social do País. Não podemos ser patrulhados. Se tem um partido que agiu com coerência e responsabilidade desde 2014, foi o PSDB — reagiu Aécio em conversa com o GLOBO.

Em entrevista coletiva, ele disse que, como presidente do PSDB, iria esclarecer “especulações” sobre a participação ou não do partido com cargos no governo e coalizão. Disse que o PSDB sempre teve e continua tendo responsabilidade com o Brasil . Disse que se o Congresso está na iminência de afastar a presidente Dilma , isso é uma consequência de ações do PSDB que começaram na campanha de 2014, quando denunciou as pedaladas, a corrupção no governo, e os gravíssimos equívocos na área econômica que resultaram na quebra do setor elétrico e da Petrobras.

— Depois entramos com a ação no TSE para impugnação da chapa pelo mau uso de dinheiro público e uso de empresas fantasmas na campanha. E as investigações abertas corroboram o que denunciamos. Quem agiu de forma corajosa e com responsabilidade foi o PSDB. Agora vamos fazer o que a sociedade cobra. O PSDB não condiciona apoio a ocupação de qualquer tipo de cargo. O que queremos é o compromisso com essa agenda de reformas, o compromisso de apoio a Lava-jato — disse Aécio.

No mesmo tom, o líder Cássio Cunha Lima disse que, como agremiação partidária, o PSDB quer uma relação institucional e programática com o eventual governo Temer.

— O PSDB não luta por cargo. Transformar a coalizão em um balcão , inflacionar o número de ministérios para abrigar aliados, isso foi o que gerou todas as distorções que levaram o Brasil a essa situação. A crise é a oportunidade de mudar a forma de fazer política, para que a coalizão não seja sustentada em cima de cargos — disse Cássio Cunha Lima.


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